22 de julho, 2018
"As aparições de Fátima são expressão da compaixão de Deus pela humanidade e por cada um de nós", considera reitor do SantuárioPe. Carlos Cabecinhas presidiu esta manhã à eucaristia dominical no Recinto de Oração
O Recinto de Oração do Santuário de Fátima acolheu esta manhã a eucaristia dominical, presidida pelo reitor, o Pe. Carlos Cabecinhas, e na qual se fizeram anunciar 12 grupos oriundos de Portugal, Itália e Estados Unidos. Na reflexão dirigida aos peregrinos presentes, o presbítero falou da “compaixão que Jesus” que significa “disposição para assumir os sofrimentos, preocupações e anseios daquelas pessoas que corriam ao seu encontro”. “A compaixão é uma forma de dizer amor; é sentir como seu o sofrimento dos outros, mas com a intenção de fazer qualquer coisa por aquelas pessoas, com a intenção de aliviar o seu sofrimento, libertá-las daquilo que as oprime, dar-lhes a alegria de viver”, explicou. Jesus diante das “ovelhas sem pastor” é entendido como “sinal do quanto Deus Se ocupa de nós com amor”, o que revela “a Sua misericórdia e manifesta a Sua solidariedade para com todos os sofredores”. Por outro lado, segundo o reitor do Santuário, esta atitude é um “apelo à confiança”, uma vez que “Jesus Cristo nos faz experimentar a compaixão de Deus por nós”. “A confiança expressa-se no desejo de estar com Jesus, na vontade de O procurar com a mesma persistência com a qual as multidões procuravam Jesus”, disse ainda explicando que “A confiança manifesta-se na necessidade de ir ao encontro de Jesus, de estar com Ele, na oração, na escuta da Sua Palavra, que é Palavra de Vida e dá sentido às nossas vidas, na relação com os outros, que são sacramento da presença de Jesus no meio de nós”. O Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que cada crente é convidado a “cultivar a mesma atitude de Jesus”, e isso significa “sermos sensíveis às dores e necessidades dos nossos irmãos, a exortação a cultivar gestos de bondade e acolhimento para com todos aqueles com quem vivemos ou trabalhamos, com quem nos cruzamos”. “Não podemos ficar no nosso canto, comodamente instalados, com a consciência em paz, indiferentes ao sofrimento dos outros”, alertou, porque “Ser cristão é ser capaz de sentir como seus os sofrimentos do irmão”. Nesta atenção pelos que O rodeavam, Jesus dá-se conta do cansaço dos discípulos e convida-os a descansar. Desse modo, “as férias não são um luxo, se corresponderem àquilo para que existem: precisamente para respeitar a nossa natureza humana, que exige tempos de recuperação, não apenas física, mas também intelectual e espiritual. As férias são um tempo para retemperar as forças”. No entanto, um período de pausa “não significa afastamento de Jesus Cristo nem esquecimento da nossa vida cristã: como os discípulos, é junto de Cristo que somos convidados a recuperar as forças”. Em Fátima, as aparições de 1916 e 1917 “são expressão desta compaixão de Deus pela humanidade, por cada um de nós”. “Deus envia o Seu mensageiro e depois Nossa Senhora, porque viu o sofrimento dos seus filhos, porque se encheu de compaixão e veio em nosso auxílio”, e desse modo “Fátima é manifestação dessa compaixão de Deus”, concluiu o Pe. Carlos Cabecinhas.
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