02 de junho, 2008

A todos os peregrinos presentes esta manhã, 1 de Junho, em Fátima, na Eucaristia Internacional das 11h00, celebrada no Recinto de Oração do Santuário, o Arcebispo Emérito de Braga reafirmou a importância do fenómeno da peregrinação, ligado à religiosidade popular e que a Igreja Católica sempre desenvolveu, a par da oração litúrgica centrada na celebração da Eucaristia e dos Sacramentos.
“A peregrinação sempre fez parte da vida religiosa da Humanidade; não é invenção dos cristãos. As outras religiões têm também os seus santuários, onde os crentes se dirigem em devotas homenagens”, afirmou D. Eurico Dias Nogueira recordando de seguida os principais locais de peregrinação do mundo para várias religiões.
O prelado recordou e contextualizou também as primeiras peregrinações dos cristãos, salientando as peregrinações a lugares “onde se sente mais a presença de Deus e (se) experimenta melhor a ligação a Ele, por Cristo, os Anjos e os Santos, especialmente Nossa Senhora, Mãe de Jesus e de todos nós”, como os túmulos dos mártires, nas catacumbas de Roma, ainda antes da liberdade religiosa, e, mais tarde, e também até à actualidade, Jerusalém e outros lugares da Terra Santa, Roma e Compostela.
D. Eurico evocou de seguida alguns dos mais conhecidos santuários da Europa e do mundo e, fixando-se em Portugal, falou de Fátima e dos Santuários de Nossa Senhora da Conceição no Sameiro e em Vila Viçosa.
Sobre Fátima, o prelado destacou que “é sempre um lugar onde os fiéis acorrem, individual ou colectivamente, ou seja, por devoção particular ou comunitária devidamente organizada, com diversos objectivos, como sejam: orar em comum, escutar a Palavra de Deus, celebrar a Eucaristia, receber a absolvição sacramental e instruções práticas, cumprir promessas; e também confraternizarem, sentindo-se irmanados em família”.
Ouviram estas palavras de D. Eurico milhares de peregrinos, alguns deles a participar nesta Eucaristia Dominical inseridos em grupos organizados, previamente inscritos no Serviço de Peregrinos do Santuário.
Peregrinaram a Fátima oriundos dos seguintes países: Alemanha, Espanha, Irlanda, Itália, Portugal e República Checa, num total de quarenta e quatro grupos de peregrinações. Um pequeno grupo “Missione Cattolica Italiana” trouxe peregrinos de diferentes países e três peregrinações portuguesas tinham âmbito nacional: um grupo de ex-militares, o grupo do Encontro Matrimonial e a grande peregrinação anual da Família Redentorista, que peregrina este a ano a Fátima pela 56ª vez.
Sobre este grupo da Família Redentorista, D. Eurico Dias Nogueira escolheu recordar a figura “simpática e marcante do seu fundador”, S. Afonso Maria de Ligório, que, recordou o Arcebispo Emérito de Braga, “traçara para si cinco normas ou princípios, que tinha sempre presentes no espírito: ciência, diligência, justiça e fidelidade” e que, após o augúrio de uma carreira brilhante na área da advocacia, despe a toga e passa a dedicar-se exclusivamente à Igreja, tendo sido ordenado sacerdote com 30 anos, em 1726, e fundador da família religiosa Congregação do Santíssimo Salvador, depois alterada para Redentor, aprovada pelo Papa Bento XIV em 1749.
“A sua Congregação encontra-se agora presente em meio Mundo: nada menos de 74 países, quer na velha cristandade, quer no campo missionário. Também Portugal tem beneficiado do zelo pastoral da Família Redentorista”, sublinhou o prelado evidenciando que a peregrinação anual ao Santuário de Fátima “é prova e expressão da sua vitalidade” dos redentoristas.
Nesta Eucaristia destacou-se, pela farda azul que usavam os seus elementos, um grupo de peregrinos espanhóis que pela 18ª vez peregrinava a Fátima: San Miguel Arcangel, associação cristã católica, fundada por Miguel Rosendo da Silva, que escolheu este ano de 2008 como lema da peregrinação a Fátima “Maria Mãe das Crianças”.
Em breve declaração à Sala de Imprensa do Santuário um jovem elemento do grupo, Marcos, sublinhou o feliz acaso de o tema escolhido para a peregrinação coincidir com a celebração do Dia Internacional da Criança. E porque, afirmou, o papel das crianças é muito importante para a Igreja, porque acompanhando-as também as suas famílias participam mais activamente na vida da Igreja, no momento do ofertório, um conjunto de crianças do Grupo San Miguel Arcangel ofereceu rosas brancas a Nossa Senhora de Fátima.
No final da Eucaristia, repetiu-se a emoção do Adeus, com o regresso da imagem de Nossa Senhora à Sua Capelinha.
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