21 de janeiro, 2018
“Aquilo que aos nossos olhos parece perdido é visto com esperança pelo Senhor”, alertou vice-reitorPe. Vitor Coutinho presidiu a celebração dominical na Basílica da Santíssima TrindadeO Pe. Vitor Coutinho, vice-reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à celebração do III domingo do Tempo Comum, na Basílica da Santíssima Trindade, onde falou da importância do tempo aos peregrinos ali presentes. “Há um hino da Liturgia das Horas em que nos dirigimos a Deus dizendo «Vós que sois Senhor do tempo», e ao dizermos que Deus é o Senhor do tempo, dizemos que Deus é o Senhor da vida, que nos ampara no tempo da nossa história”, explicou. O sacerdote, na homilia, afirmou que “por ser Senhor do tempo, Deus garante que o tempo para nós é um dom”, e desta forma o tempo deve ser tido em conta como “uma oportunidade para nos realizarmos como pessoas que Ele ama, para nos realizarmos no amor”. Com todas estas vertentes, “lidar bem com o tempo, é um desafio constante”, uma vez que “o tempo parece-nos sempre pouco”. “Gostaríamos de o prolongar para dilatar as boas experiências, desejaríamos apagar partes do tempo que nos trouxeram feridas profundas, ocasionalmente temos vontade de voltar atrás, a um tempo em que deixamos passar boas oportunidades”, disse. O Pe. Vitor Coutinho reiterou essa ideia explicando ainda que “há fases da vida em que gostaríamos de parar o tempo, para retardar um momento doloroso que está a chegar. Talvez desejássemos reviver algum tempo para repetir momentos que nos deixaram saudades. E tudo isto numa perspetiva humana pode parecer trágico e angustiante. Trágico porque não dominamos o tempo, porque nos escapa, porque é breve e curto, e encontramos em Deus que é Senhor do tempo um horizonte de esperança, porque Deus não deixa que os limites do tempo sejam um obstáculo à nossa salvação”. “Deus dá tempo suficiente a cada um de nós”, alertou, uma vez que “aquilo que aos nossos olhos parece perdido é visto com esperança pelo Senhor”. O vice-reitor do Santuário de Fátima afirmou que “na Sagrada Escritura é possível confirmar que a história humana não está fechada, não está presa a um destino”, e por essa razão “a nossa vida tem sempre a possibilidade de ser retomada e seguir o caminho do bem que é o caminho que leva a Deus”. “Não estamos presos ao nosso passado, e nada do nosso passado determina a forma como Deus nos vê hoje. Não devemos ficar reféns do nosso passado nem julgar os outros pelo seu passado”. Por fim, o Pe. Vitor Coutinho disse ainda que “o Senhor dá o tempo necessário para O encontrar, para nos convertermos, para experimentarmos o seu amor. O tempo é um dom porque nos permite mudar”, e também no Santuário de Fátima o período pastoral é “Tempo de Graça e Misericórdia”. |