29 de outubro, 2023

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Amor, perdão e oração apresentados como caminho para a paz

Na Missa deste domingo, em Fátima, os peregrinos foram exortados a serem construtores da paz, pelo perdão, e a rezarem pelas vítimas da guerra.

 

Na homilia da Missa deste XXX Domingo do Tempo Comum, o reitor do Santuário de Fátima, que presidiu à celebração, sublinhou a centralidade do amor a Deus e ao próximo na vida cristã e exortou os peregrinos, reunidos na Basílica da Santíssima Trindade, a serem “construtores da paz”, no lugar onde vivem, e a rezarem pelas vítimas da guerra no mundo.

O padre Carlos Cabecinhas começou por afirmar a vontade e o comprometimento total que implica o mandamento de amar a Deus e o “inseparável” mandamento de amar o próximo.

“Quem ama a Deus de todo o coração e com todas as suas forças, consequentemente ama também o próximo. E vice-versa: quem ama assim os outros, ama também a Deus de modo autêntico”, explicou.

Ao evocar os conflitos em Israel e Palestina, na Ucrânia e na Síria, o presidente da celebração alertou para a urgência de concretizar o apelo que a Palavra de Deus deste domingo faz no sentido do amor ao próximo, ao perdão e à renúncia da vingança.

“Nestes tempos, em que as notícias de guerra ensombram os nossos dias, as palavras do Evangelho mostram a sua premência.  A paz só é possível quando e onde existe capacidade de perdão; quando e onde se renuncia à vingança; quando e onde existe amor, pois o amor concretamente vivido é a antítese da vingança e do rancor, que geram violência. Quando vemos, de parte a parte, crescer o rancor, percebemos quão longe estamos de alcançar a paz”, disse padre Carlos Cabecinhas, ao lembrar e pedir oração pelas vítimas dos conflitos que assolam o mundo.

“As vítimas da guerra são sempre os mais frágeis, seja na Ucrânia, seja na Palestina e em Israel, seja no Sudão ou na Síria ou em tantos outros lugares... Diante do drama da guerra, não podemos ficar indiferentes ao sofrimento das vítimas. (…) podemos e devemos rezar: para nós cristãos, a oração é a grande “arma” de que sempre dispomos.”

O reitor do Santuário lembrou, depois, a “consciência do grande amor de Deus” que os santos Pastorinhos tinham e que os conduzia ao “desejo de estar com Deus, de O consolar, de O amar acima de tudo”, numa atenção ao próximo, concretizada em oração.

“Por isso, os Pastorinhos rezam pelos pecadores, intercedem junto de Nossa Senhora pelas necessidades que lhes são apresentadas, partilham o que têm com os pobres... É este testemunho, próximo de nós, que somos convidados a imitar, vivendo o duplo mandamento do amor”, exortou o sacerdote, ao apontar o a entrega de São Francisco e Santa Jacinta como exemplo a seguir no caminho da paz.

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