25 de outubro, 2020
Amar a Deus e ao próximo são as duas faces da vida cristã e "não são concorrentes"Reitor do Santuário desafiou peregrinos a imitarem o “exemplo luminoso dos Pastorinhos” na primazia que deram a Deus nas suas vidas
O padre Carlos Cabecinhas presidiu esta manhã à missa dominical no Recinto de Oração, debaixo de uma chuva forte que, ainda assim, não afastou os peregrinos entre os quais se encontrava um grupo proveniente da arquidiocese de Milão, Itália. O reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos a cumprirem o mandamento do amor- “o centro da vida cristã”- na relação com o próximo, particularmente no atual contexto da pandemia. “Neste tempo de pandemia torna-se ainda mais exigente, e premente, a vivência deste mandamento: a atenção aos outros e às suas necessidades, às suas necessidades concretas; torna-se imperiosa a assunção dos cuidados necessários para não nos pormos em risco a nós e aos outros; a uma atenção e confiança em Deus que nunca nos abandona”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas. A partir do Evangelho proclamado em toda a Igreja neste XXX Domingo do Tempo Comum, que relata a resposta que Jesus deu ao doutor da lei quando questionado sobre o mandamento mais importante, na qual afirma : “amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espirito e amarás o próximo como a ti mesmo”, o sacerdote destacou que ser cristão “não é uma questão de cumprimento de normas e regras, de legalismo mas de relação”. “Não trata de um conjunto de normas a cumprir ou méritos a alcançar para se ganhar a salvação. O mérito da relação cristã é amar a Deus, algo que compromete a totalidade da nossa vida, pois significa centrar a nossa vida em Deus”, frisou sublinhando que este amor “não é inseparável do amor ao próximo”. “O amor a Deus e ao próximo não são concorrentes: quem ama a Deus ama os outros, quem ama os outros, os que estão ao seu lado, e quem faz da sua vida uma entrega permanente, ama a Deus de forma autêntica” enfatizou. O reitor do Santuário lembrou a este propósito a mensagem de Fátima, cujo centro “é a primazia a Deus” e a forma como os Pastorinhos a souberam interpretar e viver. “Esta forte experiência de Deus foi feita pelos Pastorinhos e, a partir dessa experiência, torna-se evidente a vontade de estar com Ele, de O amar e de tudo fazer para O agradar” sem que isso “os impedisse de pensar nos outros, rezar pelos outros ou de partilhar com eles o pouco que tinham”, referiu. “Na vida dos santos Pastorinhos aprendemos a amar a Deus. Inspiremo-nos no seu exemplo luminoso”, finalizou. No próximo fim de semana, a 1 de novembro, Dia da Solenidade de Todos-os-Santos, entra em vigor o horário de Inverno no Santuário de Fátima e, por isso, a Missa das 11h00 passará a ser celebrada na Basílica da Santíssima Trindade. No dia 31 de outubro encerrará a Hora de Reparação ao Coração Imaculado de Maria, diariamente às 14h00, na Capelinha das Aparições, realizando-se a partir dessa data apenas aos sábados e domingos, no mesmo horário. Nessa tarde, será celebrada a Missa vespertina da Solenidade de Todos-os-Santos. Do horário de Inverno destaque para o regresso da Missa das 12h30 à Capelinha das Aparições, de segunda-feira a domingo, e da oração de Vésperas, aos domingos às 17h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. As missas das 7h30, 9h00, 11h00, 15h00, 16h30 e 18h30 decorrerão sempre na Basílica da Santíssima Trindade de segunda-feira a domingo. |