16 de março, 2025
![]() “A voz do filho amado de Deus só se escuta bem no coração”Na missa celebrada este domingo na Basílica da Santíssima Trindade, o padre Joaquim Ganhão desafiou os peregrinos a tornarem-se rosto da palavra e do amor de Deus.
Na homilia da missa deste domingo, o segundo da Quaresma, o padre Joaquim Ganhão convidou os peregrinos a subirem ao monte da transfiguração e a encontrarem-se com o Senhor. A partir do Evangelho hoje proclamado, o sacerdote salientou que no itinerário quaresmal que cada um é chamado a percorrer, a transfiguração surge como “uma antecipação daquela comunhão que é reservada a todos os homens no Reino de Deus, uma primícia do mundo completamente submetido ao sinal da beleza de Deus”. E se, tal como refere o Evangelho, a transfiguração de Jesus acontece no contexto da oração, da escuta da Palavra de Deus, no mistério de uma relação íntima com o Pai, esse é um contexto que, para os cristãos de hoje, permanece válido. “O que acontece no monte naquele dia é o que acontece neste monte onde nos encontramos hoje”, afirmou o padre Joaquim Ganhão. “O senhor diz a cada um de nós – como disse a Pedro, Tiago e João – ‘este Jesus é o meu filho, o meu eleito, escutai-o’”. O presidente da celebração exortou, por isso, os peregrinos a escancararem as portas do coração, “porque a voz deste filho amado de Deus só se escuta bem no coração de cada um de nós”. Tomando de empréstimo as palavras do Papa Bento XVI, “Ouvir a Palavra, ver o Amor”, o padre Joaquim Ganhão fez notar que “esse é, na verdade, o grande desafio que o Espírito Santo nos lança nestes dias e neste tempo que é o nosso, cheio de desafios na vida eclesial e social”. Por fim, encorajou os peregrinos a consentirem que a luz do Senhor os transfigure, na certeza de que nela serão capazes de caminhar e vencer as dificuldades. “Este lugar onde nos encontramos, diz-nos que isso é possível”, recordou o sacerdote. “Foi assim com os Santos Pastorinhos, envolvidos na luz de Deus, as suas vidas mudaram. Como Pedro no monte, também eles aqui experimentaram a beleza do encontro com Deus e encheram-se de espanto”. Seguir estes exemplos significa “consentirmos que a nossa vida se transfigure para que em nós sejam bem visíveis a Palavra e o Amor”, concluiu. |