03 de abril, 2021

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“A ressurreição de Cristo liberta-nos do medo e renova a nossa confiança nestes tempos sombrios”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas

Reitor do Santuário de Fátima presidiu à solene Vigília Pascal, na Basílica da Santíssima Trindade, que este ano voltou a ter fieis numa das mais importantes noites do calendário litúrgico

 

A ressurreição de Cristo “liberta-nos do medo, dos nossos temores e incertezas; renova a nossa confiança nestes tempos sombrios que atravessamos” afirmou o reitor do Santuário de Fátima na homilia da solenidade da Vigília Pascal, celebrada esta noite na Basílica da Santíssima Trindade.

Apesar destes tempos de pandemia, com os seus dramas e dores, o reitor sublinhou que esta noite nos devolve a alegria.

“Sabemos que Deus pode fazer brotar vida e esperança onde nós não conseguimos vislumbrar nada de bom” disse o padre Carlos Cabecinhas. Por isso, adiantou, “não temos motivos para temer, pois Deus faz brotar a vida onde aparentemente a morte triunfara. Em Jesus Cristo vivo, Deus vem ao encontro da nossa fragilidade para nos resgatar do desespero e do desânimo” lembrou o padre Carlos Cabecinhas.

“Da fé na ressurreição brota a alegria de quem sabe que não está só nas dificuldades” e porque Jesus ressuscitou, “esta noite de alegria fortalece a nossa confiança em Deus” frisou ao destacar que esta alegria não é apenas contemplativa e convoca-nos a todos para a missão.

“Celebrar a Páscoa significa assumirmos o compromisso de sermos testemunhas da ressurreição; significa levarmos aos outros esta boa notícia, não tanto por palavras, como sobretudo pelo testemunho de confiança e da alegria que dela brota; significa levarmos a luz de Cristo ressuscitado aos que mais precisam, através da nossa solidariedade e da nossa ajuda concreta”, concluiu. 

"Caríssimos irmãos e irmãs, celebremos com alegria e confiança a Páscoa do Senhor, e, com o testemunho da nossa vida, proclamemos que Jesus Cristo está vivo para sempre!" exortou o reitor do Santuário de Fátima.

A solene Vigília Pascal é a celebração mais importante do Tríduo Pascal.

Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística.

A Vigília começa com um ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de Jesus (este ano o fogo foi aceso dentro da Basílica); o círio pascal é abençoado, antes de o presidente da celebração inscrever a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ómega), e inserir cinco grãos de incenso, em memória das cinco chagas da crucifixão de Cristo.

A liturgia da Palavra propõe sete leituras do Antigo Testamento, que recordam “as maravilhas de Deus na história da salvação”( esta noite foram proclamadas 4) e duas do Novo Testamento: o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas), e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão.

A liturgia batismal é parte integrante da celebração, pelo que mesmo quando não há qualquer Batismo, se faz a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas.

Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal.

Esta celebração, como todas as celebrações da Semana Santa, desde o Domingo de Ramos, foram transmitidas pelos meios de comunicação social e digital do Santuário, tendo contado com a participação de mais de 30 mil peregrinos em ambiente digital.

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