18 de agosto, 2019

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A opção por Jesus é a única escolha que supera divisões, afirma reitor do Santuário de Fátima

Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à eucaristia dominical no Recinto de Oração, na qual se fizeram anunciar peregrinos de oito nacionalidades diferentes

 

O Recinto de Oração do Santuário de Fátima voltou a acolher este domingo milhares de peregrinos, oriundos de três continentes- África, América e Europa- que participaram na eucaristia dominical presidida pelo reitor, Pe. Carlos Cabecinhas.

Comentando a passagem do Evangelho lida durante as celebrações deste domingo, o sacerdote lembrou que apesar de “nos deixarem perplexos” as palavras de Jesus interpelam-nos sobre “a fé e a forma como a vivemos”.

“O Evangelho pode ser difícil - (porque nos fala em divisão em vez de paz)- mas é da nossa fé e do modo como vivemos ou não vivemos o Evangelho que Jesus nos fala” afirmou sublinhando que “ é o entusiasmo de sermos cristãos que está em causa”.

Por isso, avança: o “primeiro desafio é encarar as palavras de Jesus como o fogo que não nos cala e que faz com que desejemos contagiar outros com o mesmo entusiasmo Dele”.

Segundo o Reitor, as palavras chocam-nos porque “pretendem animar a nossa fé, por vezes instalada, insipida e morna”, lembrando que o que está em causa são escolhas. E, ser cristão, “é escolher Jesus Cristo, deixando-se incendiar pelo fogo que as suas palavras trazem, mesmo que isso não grangei simpatias e faça com que sejamos alvo de chacota e de critica”, referiu.

“A fé significa opções: optar pelas palavras e os mandamentos de Jesus ou rejeitá-Lo e é isso que traz divisão”, frisa o reitor do Santuário de Fátima aos milhares de peregrinos oriundos da Costa do Marfim, do Brasil, da Irlanda, dos Estados Unidos, da França, da Polónia, de Espanha, de Itália, da Alemanha e de Portugal, que anunciaram a sua presença no Santuário de Fátima.

Aderir a Jesus “não é como um jogo de equilíbrio político que não se compromete com nada” afirmou ainda o Pe. Carlos Cabecinhas sublinhando a radicalidade e a exigência desta adesão, e lembrando a estreita relação existente entre a página do Evangelho deste domingo e o dinamismo da mensagem de Fátima.

O sacerdote referiu-se aos exemplos de Santa Jacinta e de São Francisco Marto, ambos com o coração `incendiado´ pelas palavras de Nossa Senhora e incapazes de guardar para si esse `lume´.

“A mensagem de Fátima é uma mensagem de Paz, sem dúvida, mas não deixa de nos interpelar para as dificuldades que esta Paz nos traz como as que foram experimentadas pelos pastorinhos” nomeadamente a “perseguição, incompreensão, começando pelos que lhes eram mais próximos”, afirmou.

“A mensagem de Fátima é uma exortação a fazermos esta forte experiência de fé, experimentando a presença de Deus nas nossas vidas, sem medos”, afirmou.

O programa oficial do Santuário neste domingo pode ainda ser consultado em www.fatima.pt. Amanhã, às 21h30, haverá a evocação da quarta aparição de Nossa Senhora, a única que não ocorreu na Cova da Iria mas nos Valinhos, alguns dias depois, com Rosário em procissão da Capelinha até aos Valinhos.

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