08 de outubro, 2017

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A missão da Igreja é ser construtora da paz entre os homens e entre as nações, refere capelão do Santuário de Fátima

Pe. José Nuno Silva presidiu à missa dominical no recinto de Oração, na qual participaram cerca de 50 grupos de peregrinos oriundos de 12 países

 

O capelão do santuário de Fátima, Pe. José Nuno Silva, que esta manhã presidiu à missa dominical no Recinto de oração, desafiou os peregrinos a serem missionários portadores do Amor incondicional de Deus junto dos homens.

Partindo da passagem do Evangelho lida hoje nas igrejas de todo o mundo – a parábola dos vinhateiros que assassinam o filho do dono da vinha para a roubar – o Pe. José Nuno Silva sustentou que o grande impedimento a que esta vontade “de amor incondicional” de Deus se concretize é a arrogância dos homens. Ainda assim, a desilusão de Deus pelo seu comportamento não altera o seu amor por eles nem o seu desejo que a paz frutifique entre os homens, entre povos e entre as nações.

“Deus não desiste dos homens, ama-os infinitamente, ama-os a todos sem qualquer exceção e foi por amor aos homens que constituiu uma uma nova aliança, e aqui está a nossa missão: sermos transmissores, atuadores deste amor imenso de Deus pela humanidade”, frisou o sacerdote.

“Este lugar (Fátima) deve ser o lugar da renovação do nosso compromisso,  porque há cem anos o que a Senhora nos veio dizer, através do seu Coração Imaculado, ferido, é que Deus não desiste de nós e que é necessário que O consolemos”, disse.

Para o Pe. José Nuno Silva esta proposta de amor que Deus, através de Jesus, fez e continua a fazer à humanidade, é a grande novidade do Cristianismo.

“O fruto que Deus pede ao povo da Nova Aliança é que frutifique no mundo em Reino de Deus, que seja um sinal e um instrumento da presença de Deus entre os homens, do seu amor, que seja, no fundo, um sinal eloquente da paz que Deus quer comunicar e oferecer e que Deus quer que os homens vivam, entre si, entre as famílias e entre as nações”, concluiu.

O sacerdote lembrou que Fátima é por causa “deste mundo”, e a cada um dos que aqui vêm fica o compromisso renovado de prosseguir esta tarefa de construção da paz.

“Fátima é por causa do mundo, é por causa da paz; a paz a cada um de vós participante nesta tarefa de construção da paz que Deus não cessa de querer oferecer à humanidade. Temos missão: a paz...onde houver o ódio que eu, que cada um de nós, possa levar a paz”, disse o sacerdote, interpelando todos os peregrinos a sair em missão para levar este amor.

“O fruto que Deus quer de nós é mais largo que a Igreja... não é só por sermos igreja que consolamos Deus. Temos de rezar; reparar o coração de Deus magoado por tantas ofensas e levar a paz onde houver ódio”, precisou o Capelão.

Cerca de 50 grupos de 12 países inscreveram-se no Serviço de Peregrinos do Santuário; entre eles destaque para as peregrinações da Assembleia Europeia das Fraternidades Dominicanas e para a Peregrinação Nacional da Família Franciscana.

 

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