24 de junho, 2017

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A mensagem de Fátima “é uma luz, um guia para o passo dos crentes”, afirma Cardeal Gianfranco Ravasi

Presidente do Conselho Pontifício da Cultura proferiu comunicação que encerrou os trabalhos do Congresso pensar Fátima, Fátima como promessa

 

Fátima continua a ser “uma proclamação de fé”, um “anuncio de paz” e “uma escola de valores” para os cristãos e para os não crentes, afirmou esta manhã o Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, no encerramento dos trabalhos do Congresso Pensar Fátima, que decorre no Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima, desde a passada quarta feira.

“Fátima continua a ser uma proclamação de fé num mundo secularizado; um anúncio de paz num planeta sempre atormentado pelas guerras; uma escola de pobreza e simplicidade em que a escolha do último é prioritária numa sociedade materialista e também uma escola de valores perante uma sociedade apática”, sublinhou.

Na conferência intitulada “Fátima como Promessa”, em que escalpelizou o essencial da Mensagem de Fátima a partir de referências bíblicas, o responsável do Vaticano pelo dicastério da Cultura lembrou que a Mensagem assenta na valorização da história da salvação, assente num pedido de oração, de conversão, de reparação e de esforço pela paz.

“Em Fátima há um sol que convida à oração” frisou o cardeal destacando que “seria uma ilusão pensar que Fátima esgotou a sua vocação profética”.

“Aqui revive-se o desenho de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios: `onde está Abel o teu irmão?!´abrindo sempre a porta da salvação pois o Senhor é mais forte que o mal e Nossa Senhora é a garantia materna da bondade de Deus, da esperança” referiu ainda.

“A Mensagem de Fátima convida-nos a uma fé incarnada que é histórica e torna-se guia, uma luz para o passo dos crentes”, acrescentou.

O presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, que citou o poeta José Luís Peixoto, para valorizar o colo materno da Mãe que nos conduz a Deus (tema deste ano pastoral em Fátima e de todo o ciclo de sete anos do Centenário das Aparições) e deve servir de modelo a todos os cristãos, fez um diagnóstico da sociedade atual para reforçar a pertinência e a centralidade da Mensagem de Fátima.

“Apesar de estar ligada à sua própria situação histórica a Mensagem dá-nos uma chave de leitura para o nosso próprio modelo de sociedade e de cultura que assenta num outro modelo antropológico” destacou.

“O secularismo- doença da nossa sociedade- , a apatia- mais grave que o agnosticismo- , a indiferença, a falta de valores e de referências, as guerras fragmentadas em todo o mundo, são males que nos atingem e para as quais Deus chama a atenção através de Nossa Senhora no diálogo com os pastorinhos, apresentando caminhos”, adiantou por outro lado.

“A mensagem de Fátima é uma mensagem publica que ultrapassa as fronteiras de Portugal chegando a tratar as vicissitudes da sociedade planetária e, embora os profetas falem sempre em contextos precisos, neste caso, esta profecia vai além do presente, mantendo uma ligação com ele”, afirmou o cardeal lembrando que ”é uma proclamação evangélica de salvação”.

O tema das Aparições não ficou de fora da reflexão do Cardeal Gianfranco Ravasi que lembrou que “elas servem para ajudar a clarificar o significado da revelação, ajudando a viver e a reavivar a revelação do mistério de Deus”.

Citando o bispo de Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, o cardeal Italiano lembra que as Aparições “são um grito do Céu” para lembrar que  “o coração de Deus é compassivo perante o sofrimento do mundo”.

“O Deus de Fátima é compassivo tal como o Deus do Papa Francisco é o Deus da Misericórdia e do Perdão”; mas é também um Deus “que fica impaciente perante o mal e acolhe o outro, sobretudo o mais fraco, o mais pequeno fazendo tudo para o engrandecer”.

“O Deus de Fátima é profundamente bíblico”, conclui.

Nascido em 1942, D. Gianfranco Ravasi foi ordenado padre em 1966 na Arquidiocese de Milão, tendo sido nomeado nos anos seguintes prefeito da Biblioteca Ambrosiana, professor de exegese bíblica na Faculdade de Teologia da Itália Setentrional e membro da Pontifícia Comissão Bíblica.

Recebeu a ordenação episcopal em 2007 e foi criado cardeal por Bento XVI, a 20 de novembro de 2010. É presidente do Conselho Pontifício para a Cultura.

Os trabalhos do Congresso Internacional do Centenário Pensar Fátima terminam esta tarde , com a sessão de encerramento.

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