23 de setembro, 2021

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“A fragilidade como lugar teológico e espiritual” é o tema do IV Encontro na Basílica

Padre José Nuno Silva será o orador de uma tarde que conta ainda com um recital do organista António Mota

 

O Capelão do Santuário, padre José Nuno Silva, vai ser o orador do IV Encontro na Basílica, que se realiza em Fátima, no dia 3 de outubro, a partir das 15h30, com a conferência sobre “A fragilidade como lugar teológico e espiritual”.

O encontro, com entrada livre dentro das regras de segurança em vigor no Santuário de Fátima, de que se destaca o uso da máscara, insere-se no âmbito de uma proposta formativa integrada no ano pastoral que tem como tema “Louvai o Senhor, que levanta os fracos”.

“Fátima e a fragilidade têm em comum muito mais do que apenas a mesma consoante no início da palavra. Falam ambas de uma única realidade, constituem ambas lugares teológicos e espirituais e imbricam-se uma na outra como a fonte e a sede, a luz e a sombra” refere o palestrante na síntese que apresenta sobre a sua conferência.

O padre José Nuno Silva, que é capelão do Santuário desde 2016, foi capelão do Hospital de S. João desde 1998, é assistente da pastoral da saúde na diocese do Porto desde 2004 e responsável pela criação, em Portugal, do Grupo de Trabalho inter-religioso Religiões/Saúde e integrou a Comissão de Ética do Instituto Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge, lecionando em diversas Escolas Superiores de Saúde, falará sobre a fragilidade como um lugar de necessidade.

“A sede faz-se procura de uma fonte e a fonte deixa-se encontrar, a sombra acende o desejo da luz e a luz é à sombra que se oferece como experiência necessária” refere, destacando Fátima como uma chave de leitura a partir da qual se entende e integra melhor o sofrimento.

“Detemo-nos diante da sede e da sombra como metáforas do lugar teológico e espiritual que a fragilidade humana constitui e sobre os mistérios da fonte e da luz que em Fátima e de Fátima emanam, que a definem e projetam como lugar teológico e espiritual precisamente pelo seu diálogo teológico e espiritual com o mistério da fragilidade humana”, esclarece.

O Encontro termina com um recital de órgão, com António Mota, organista do Santuário desde março de 2020.

Interpretará no grande órgão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima temas de Mendelssohn, Bach, Reger, Brahms e Karg-Elert.

António Mota é licenciado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do Prof. Antoine Sibertin-Blanc e doutorado em Música pela Universidade de Aveiro. É também mestre em Eng.ª Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico.

O quinto e último Encontro na Basílica deste ano pastoral terá lugar a 7 de novembro e será protagonizado pelo diretor do Departamento de Acolhimento e Pastoral do Santuário, André Pereira, que falará de Fátima como acontecimento, lugar e mensagem de esperança a partir dessa certeza que Nossa Senhora deixou a Lúcia “Eu nunca te deixarei”. O recital de órgão será com Sílvio Vicente, organista do Santuário de Fátima.

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