08 de junho, 2023

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“A eucaristia é o pão da nossa fragilidade, a resposta de Deus à nossa vulnerabilidade, o alimento com que Deus fortalece o nosso caminhar pelos caminhos da vida, tantas vezes marcados pelo sofrimento”

Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

 

O Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, presidiu à celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, na Basílica da Santíssima Trindade.

A celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo “é a grande festa da Eucaristia, a manifestação da nossa gratidão, a expressão do nosso louvor por tão grande dom que o Senhor nos concede”.

O sacerdote afirmou que este é “o grande sacramento do encontro com Cristo vivo e ressuscitado que se faz presente na nossa vida, da comunhão com Ele, dessa união profunda que nos transmite a Sua vida divina”.

Jesus Cristo, no Evangelho hoje proclamado, apresenta-se como “o pão vivo descido do céu” e na Eucaristia, “oferece-nos esse pão, que é Ele mesmo e apresenta-se como o alimento que nos faz participar da vida divina e nos abre horizontes de vida eterna, um alimento diferente do alimento material e capaz de dar sentido novo a tudo”.

“Temos necessidade de pão, o simbolismo de tudo aquilo que precisamos na nossa vida”, no entanto “não podemos deixar de ter presentes as muitas pessoas que vivem o drama de não disporem do necessário alimento quotidiano, e temos presentes esses que não têm o mínimo e necessário”.

Mas apesar da importância “deste pão material, todos experimentamos a sua insuficiência”. “Não basta termos alimento para que a nossa vida tenha sentido; não basta termos boas condições de vida, para nos sentirmos felizes, realizados, sentimos sempre necessidade de algo mais”, alertou o Pe. Carlos Cabecinhas, que considera que a vida “não se alimenta só do pão material, carece da relação com os outros e da relação com Deus, capaz de lhe dar sentido pleno, sem esse outro alimento a nossa vida é infeliz”.           

Na Eucaristia, Cristo “quis tornar-se especialmente presente para nós e na Eucaristia recebemos o pão da Palavra de Deus, que ilumina a nossa vida e conduz os nossos passos, pois, como nos recordava a primeira leitura, e participar na eucaristia é participar nesta mesa da palavra”.

Comer este Pão significa “deixar-se transformar por ele”, disse o sacerdote, pois “participar na Eucaristia é assumir as atitudes de Jesus e acolher as suas Palavras, levando-as para a vida”.

“Esta eucaristia é o pão da nossa fragilidade, a resposta de Deus à nossa vulnerabilidade, o alimento com que Deus fortalece o nosso caminhar pelos caminhos da vida, tantas vezes marcados pelo sofrimento”, acrescentou, lembrando que a Eucaristia “é o pão dos frágeis e não o prémio para os pretensamente prefeitos e irrepreensíveis, é alimento daqueles que se reconhecem pecadores e expressão excelente da misericórdia de Deus”.

Esta celebração estava inicialmente prevista para o Recinto de Oração do Santuário de Fátima, mas como medida preventiva devido às condições climatéricas, aconteceu na Basílica da Santíssima Trindade.

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