07 de abril, 2023

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“A cruz é fonte de uma esperança capaz de transformar o mundo(...)A nós, cabe-nos ser arautos desta esperança”- Reitor do Santuário de Fátima

Padre Carlos Cabecinhas presidiu à celebração da Paixão do Senhor e lembrou que a cruz é sempre “lugar provisório”

 

O “sofrimento” que marca o tempo de hoje não terá a última palavra e a cruz que hoje é adorada em todas as Igrejas, por ser sexta-feira santa, é "fonte de esperança" disse esta tarde o reitor do Santuário de Fátima, na breve homilia que proferiu na Basílica da Santíssima Trindade.

“A cruz é fonte de uma esperança capaz de transformar o mundo, de o renovar, não obstante todo o sofrimento que marca o nosso tempo” disse o padre Carlos Cabecinhas. 

“O Calvário diz-nos que o mundo pode mudar, pois Deus faz surgir vida, onde nós apenas vislumbramos morte. A nós, cabe-nos ser arautos desta esperança”, sublinhou o responsável do Santuário aos milhares de peregrinos que encheram a Basílica da Santíssima Trindade e que seguiram a transmissão on-line no Youtube e no Facebook da celebração da Paixão do Senhor.

O sacerdote lembrou, por isso, que a cruz é sempre “um lugar provisório”, mesmo que “nos acompanhe ao longo da vida”, porque o amor do crucificado é libertador.

A Igreja Católica evoca hoje, Sexta-feira Santa, a morte de Jesus, num dia de jejum para os fiéis, que não celebram a Missa, mas uma cerimónia com a apresentação e adoração da cruz.

“Hoje, somos convidados a contemplar a Cruz de Cristo como expressão máxima do amor misericordioso de Deus por nós” explicou o reitor lembrando que este “cruel instrumento de morte” tornou-se “fonte da vida que brota do amor levado ao extremo”.

Por isso, disse ainda, “contemplar a cruz desafia-nos a percorrermos com Cristo esse mesmo caminho de entrega da própria vida a Deus e aos irmãos”, vencendo a “indiferença diante do sofrimento, diante dos crucificados deste mundo, diante do sofrimento de todas as vítimas de violência de qual género e espécie, diante daqueles que, ao nosso lado, carregam penosamente a própria cruz, ansiando pela ajuda de um Cireneu compadecido”.

“Contemplar a cruz compromete-nos no serviço aos outros e no alívio do seu sofrimento”, enfatizou o padre Carlos Cabecinhas.

Esta é a principal celebração do dia e, habitualmente, ocorre às 15h00, hora em que se acredita que Jesus terá morrido.

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Ao entrarem, em silêncio, o presidente da celebração  e os concelebrantes prostram-se, em sinal da morte de Cristo.

A parte inicial da celebração, a Liturgia da Palavra, tem um dos elementos mais antigos da Sexta-feira Santa, a grande oração universal, com dez intenções que procuram abranger todas as necessidades e todas as realidades da humanidade, rezando pelos seus governantes, pela unidade entre os cristãos,  pelo Papa, pelos que não têm fé, entre outros. Hoje, particularmente, a Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), propôs a todas as dioceses do país uma intenção especial de oração pelas vítimas de abusos.

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A cruz monopoliza a atenção de toda a celebração e os vários momentos de oração apresentam-se como momentos de penitência e de pedido de perdão. O ofertório destina-se à ajuda e preservação dos lugares da Terra Santa

Durante a celebração da Paixão do Senhor há o rito da adoração da Cruz, como sinal de reverência.

Esta noite, no Recinto de Oração, a partir das 21h00, decorrerá uma Via-sacra.

Amanhã, sábado santo, o dia começa com a oração de Laudes, na Basáilica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, às 9h30.

 

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