13 de novembro, 2018
“A comunidade cristã e o coração humano são o verdadeiro templo onde Deus habita, o lugar do encontro com Deus”Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa da Peregrinação Mensal de novembro, na qual se celebrou a Solenidade da Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade
O Pe. Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à Missa da Peregrinação Mensal de novembro, na qual se celebrou a Solenidade da Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade. “A celebração da Dedicação de uma igreja é um convite a tomarmos consciência do que significa ser Igreja, uma vez que nos orienta sempre para o mistério da Igreja de pedras vivas que aí se reúne”, disse o sacerdote, explicando que a relevância desta celebração se centra na “ importância de cada um de nós”. O Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que “a Igreja não são os edifícios: somos nós”. Segundo a reflexão do Reitor, os lugares e os edifícios em que os fiéis se reúnem, para celebrar a fé, são também denominados “igreja”, uma vez que esses lugares e edifícios são símbolo “da Igreja que peregrina na terra e uma imagem da Igreja que habita no céu" (rito da dedicação de uma igreja, nº 2). “Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens, Deus habita na comunidade crente, edificada como construção viva por Cristo”, alertou. Numa celebração participada por vários grupos de peregrinos, o Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que “a comunidade cristã e o coração humano são o verdadeiro templo onde Deus habita, o lugar do encontro com Deus”. “A celebração da dedicação desta Basílica da Santíssima Trindade é também momento de tomada de consciência da nossa união com o Santo Padre, sinal visível da unidade da Igreja”, reiterou, dizendo ainda que “a concessão do título de basílica a esta igreja põe em evidência precisamente o vínculo de especial comunhão com a Igreja de Roma e com o Papa”. Para o Reitor do Santuário, “todos temos consciência das dificuldades deste serviço à Igreja e damo-nos conta das resistências que o Papa Francisco encontra na sua missão, seja dentro da própria Igreja, seja fora”, e desse modo é responsabilidade dos cristãos “ajudá-lo com a nossa adesão aos seus ensinamentos e sermos suporte da sua missão com as nossas orações”. “Não é uma questão de gosto ou simpatia, é o espírito que conduz a Igreja e é isso que nos é pedido, a união ao Santo Padre”, e essa união é “marca característica de Fátima, não apenas porque tivemos já a graça de acolher, neste Santuário, São Paulo VI, São João Paulo II, Bento VI e o Papa Francisco mas sim porque é uma dimensão constitutiva da própria mensagem de Fátima”. O Santo Padre ocupa um lugar de grande relevância na terceira parte do segredo de Fátima e “os Pastorinhos manifestaram sempre, depois das aparições, uma especial comunhão com o Papa, que se concretizava sobretudo na oração”. “Desde então, rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções tornou-se parte integrante da própria mensagem e prática habitual no Santuário”, reiterou e concluiu dizendo que “Celebrar a dedicação desta Basílica significa assumir o compromisso de união e comunhão com o Santo Padre; o compromisso de acolhimento do seu magistério”. A Igreja da Santíssima Trindade foi dedicada em 12 de outubro de 2007 pelo cardeal Tarcisio Bertone, então Secretário de Estado do Vaticano e legado de Bento XVI para o encerramento do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora aos três pequenos pastores videntes. Em 2012, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos concedeu a este templo o título de basílica, concessão atribuída por Decreto de 19 de junho de 2012 e que pôs em evidência o seu relevo pastoral e, sobretudo, o especial vínculo de comunhão com o santo padre – dimensão particularmente importante da mensagem de Fátima – e simultaneamente o carinho que ele nutre por Fátima.
|