04 de setembro, 2016

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A canonização de Madre Teresa de Calcutá “é um apelo à universalização da ternura e da compaixão misericordiosa de Deus”

Santa Teresa foi lembrada no Santuário de Fátima que “se uniu jubilosamente ao Santo Padre” com uma salva de palmas
 

O bispo de Leiria-Fátima disse esta manhã que a festa da canonização de Madre Teresa de Calcutá “é um apelo à universalização da ternura, da misericórdia e da compaixão do Senhor”.

“Quem acolhe Jesus alarga o seu coração ao mundo, sobretudo aqueles que sofrem e nisso é admirável a dedicação de Santa Teresa, a santa dos pobres e da misericórdia” que nunca deixou de parte “os descartáveis, os desprezados que vivem nas periferias e que estão à espera do nosso amor”, afirmou D. António Marto.

Apresentando Santa Teresa de Calcutá como “um modelo de santidade para o mundo atual”, na homilia que proferiu este domingo no Santuário de Fátima, D. António Marto referiu-se ao compromisso de vida que assumiu e que ficou resumido no discurso “simples” que proferiu quando foi agraciada com o Prémio Nobel da Paz (1979) e se dirigiu às Nações Unidas: “sou uma pobre irmã que reza a Jesus e rezando Ele põe no meu coração o seu amor que levo a todos os pobres. Talvez haja quem esteja em casa à espera do vosso amor”.

O bispo de Leiria-Fátima elogiou depois o trabalho de Teresa de Calcutá em favor das pessoas indefesas.

 “Ela procurou viver o Evangelho da ternura e da compaixão no continuo exercício das obras de misericórdia, para tornar o mundo melhor, para tornar a igreja mais misericordiosa e o mundo mais fraterno e compassivo”, disse o prelado.

Referindo-se, ainda, ao seu trabalho em prol dos mais desfavorecidos - “um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres”- apresentou-a como um modelo a seguir por todos os cristãos pois “não há alternativa à caridade”.

“Onde há cristãos, qualquer pessoa deve encontrar um oásis de misericórdia, isto é,  de acolhimento, de ânimo, de compaixão, de misericórdia do amor de Deus”, concluiu.

Por isso, D. António Marto apelou à intercessão de Nossa Senhora e da nova santa da igreja católica para que “nos ajude a sermos missionários da ternura e da misericórdia do Senhor neste mundo tão conturbado” e a entender que o único “critério de ação é o amor verdadeiro, gratuito e integral”.

D. António Marto afirmou que o “mundo precisa de cristãos inteiros”.

A partir das parábolas do Evangelho, o bispo de Leiria-Fátima desafiou os peregrinos presentes este domingo na Cova da Iria a “tomarem consciência do que significa a opção de ser cristão”, que é “algo sério, que exige uma escolha livre e responsável”, que não se compadece “com meios termos”.

“Não basta uma atitude de simpatia com Jesus, nem um entusiasmo inicial que esmorece em pouco tempo” disse o prelado lembrando que “este sim tem de ser inteiro e sem reservas”.

“Jesus quer de nós um sim inteiro e sem reservas; uma adesão de alma e coração. Nem os bens deste mundo nem os laços de afeto podem ser um impedimento a seguir Jesus” pois só assim “teremos uma vida renovada”.

“Sabemos que hoje não podemos ser cristãos de tradição ou de cédula onde registamos o nosso batismo, a nossa primeira comunhão ou o nosso crisma”, precisou.

Na missa dominical participou a peregrinação nacional do Movimento “Convívios Fraternos” que antes da consagração final a Nossa Senhora promoveu uma espécie de flashmobe(dança coreográfica sincronizada) em frente ao altar, ao som de uma música sobre a misericórdia,  composta pelos convivas.

 

 

 

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