“A arte no Santuário de Fátima não é apenas cenário, mas sobretudo protagonista”, disse Diretor do Museu do Santuário
Quarta visita temática à exposição temporária do Santuário de Fátima centrada no património artístico
O Convivium de Santo Agostinho, na Basílica da Santíssima Trindade em Fátima, acolheu esta quarta-feira a quarta visita temática à exposição “As Cores do Sol- A luz de Fátima num mundo contemporâneo”.
A visita foi orientada pelo diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima e também diretor do Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte, que abordou o tema “O Santuário de Fátima: Um século de construções artísticas ao serviço da peregrinação”.
Marco Daniel Duarte percorreu as construções artísticas feitas ao longo destes 100 anos, todas elas com uma missão especifica, “estar ao serviço da peregrinação”.
“A arte em Fátima não é apenas cenário de uma celebração, mas é também protagonista dessa celebração”, refere o diretor do Museu do Santuário.
“A forma de celebrar e a forma de construir”, podem ser consideradas como um dos “segredos do lugar”, Fátima consegue sempre “surpreender” aqueles que a visitam.
Explicou a todos os presentes que a primeira construção no ano de 1917, começa com o “arco”, o pórtico por assim dizer, “que marca o lugar especifico, mostra claramente o lugar onde não se pode perder a memória do que ali aconteceu. Daqui deriva o que vemos no alto do recinto e em cada entrada do Santuário”, neste Ano Jubilar.
Referiu todas as outras construções feitas no Santuário desde a “encomenda do Céu feita pela Virgem Maria”, para construírem uma capelinha em honra Dela, a todas as outras intervenções que hoje podem ser vistas, e que foram desenvolvidas a partir da “consciência que este é um espaço que recebe peregrinos e é nessa ordem que se trabalha”.
O Santuário de Fátima é “um lugar que está constantemente em renovação artística, e sempre com o denominador comum, que é esse de estar ao serviço da peregrinação”, precisou.
“Um dos momentos mais importantes para o Santuário de Fátima em ordem à renovação artística está sobretudo relacionado com a sua própria mensagem que continua a ser motor de obra de arte”, afirmou.
“A arte no Santuário de Fátima não é apenas cenário, mas é sobretudo protagonista, que com outras dimensões da vida deste lugar, faz acontecer a peregrinação”, sublinhou.
O diretor do Serviço de Estudos e Difusão, Marco Daniel Duarte, terminou a reflexão afirmando que, “mesmo que os primeiros artistas do Santuário não tenham lido os mesmos papeis que os últimos artistas do Santuário leram, têm uma ideia comum, isto é, trabalhar em ordem à peregrinação, ao espaço que acolhe os peregrinos em Fátima”.
A conferência do diretor do Museu do Santuário de Fátima realizou-se no âmbito das visitas temáticas à exposição temporária do Santuário, que se realizam na primeira quarta-feira de cada mês.
Tomando como matéria histórica o dia 13 de outubro de 1917 e os relatos diretos e indiretos sobre o Milagre do Sol, a exposição pretende “recriar, através de vários mecanismos sensoriais, cenários relacionados com a paisagem do dia da última aparição da Virgem Maria em Fátima”.
A próxima visita terá lugar no dia 6 de setembro, pelas 21h15. A entrada é livre.
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