10 de junho, 2007



- Peregrinação das Crianças a Fátima exorta à verdade -

Alegria, colorido, festa, surpresa e animação são palavras que, uma vez mais, marcaram a Peregrinação das Crianças a Fátima, este ano na 30ª edição. Milhares de crianças de Portugal inteiro e também um pequeno grupo da Áustria participaram naquela que é uma das mais singulares peregrinações a este santuário mariano.
Sempre igual no ambiente de festa e de oração, e na dedicação do Santuário na preparação das diferentes celebrações, esta peregrinação é diferente de todas as outras porque é totalmente preparada para os mais novos, que mais uma vez acolheram o convite do Santuário para estarem em Fátima neste feriado nacional.
A marcar a diferença, o tema escolhido para este ano: “Jesus, só tu és a verdade”, que procurou sensibilizar, através de gestos, símbolos e de exemplos de vida, a importância de verdade como gesto de amor.
Durante a celebração principal da Peregrinação, esta manhã no Recinto do Santuário de Fátima, foi simbolicamente apresentada a necessidade, e a urgência, da descoberta da verdade com o derrube de um muro negro a simbolizar a mentira. Dentro do muro, uma enorme cruz, escondida também com panos negros, depois retirados, mostraria a beleza e força que deve representar a busca da verdade na vida de cada um.
Nesse momento, durante a homilia, Mons. Luciano Guerra, Reitor do santuário de Fátima, que pela primeira vez presidiu à Peregrinação explicou: “Revele-se a verdade da Cruz de Cristo! Caiam os véus espessos da mentira que escondem a verdade da Cruz de Cristo! Por ter amado a verdade, Jesus foi rodeado do ódio e da mentira. No dia em que nós deitarmos abaixo a mentira, a Cruz de Jesus aparecerá como uma cruz florida, cruz da luz, cruz da verdade, cruz do amor, cruz da Vida. Caiam então os muros da mentira que rodeiam a Cruz de Cristo! (…) No fundo do nosso coração, nós proclamamos hoje aqui que queremos ser filhos da luz, queremos amar a verdade, que se encontra na cruz florida de Jesus Cristo”.
A grande maioria das crianças, acompanhada pelos seus catequistas, esteve sentada nas escadarias da Basílica do Santuário de Fátima e participou de forma surpreendente e entusiasta na celebração. Outras crianças participaram na Eucaristia a partir de vários locais do Recinto, acompanhadas pelos seus pais e outros familiares. Um grupo colaborou activamente com a organização da peregrinação e os quarenta meninos e meninas que integram o coro infantil do Santuário de Fátima “Os Pastorinhos de Fátima”, dirigido pelo maestro Paulo Lameiro, animaram musicalmente as celebrações.
No final da Missa, D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, subiu ao altar e exortou os seus “amiguitos e amiguitas”, conforme gosta de cumprimentar as crianças, a serem testemunhos da verdade. “Hoje, Jesus pediu-me, a mim, bispo e sucessor dos apóstolos, para vos dizer: Jesus precisa de vós como precisou do pequenito Francisco, Pastorinho de Fátima, para através de vós levar o amor da verdade e verdade do amor”, exclamou ao sublinhar que Jesus “não se esquece de cada um de vós” e que, por isso, “quer que sejais grandes no amor à verdade, no amor aos outros e grandes a alegria de viver”.
No momento final da Eucaristia, a bênção foi feita por Mons. Luciano Guerra e pelos Bispos D. António Marto e D. Serafim Ferreira e Silva.
ARQUIVO:

Jesus, só Tu és a verdade!
Concluídas as celebrações do 90.º aniversário das Aparições de Fátima (2006-2007), em que a temática da Peregrinação das Crianças se inspirou nos dois principais mediadores daquela Iniciativa divina extraordinária (o Anjo da Paz e a Senhora do Rosário), regressa o projecto lançado pelo Santuário em 2000, pelo qual se propôs assumir os Mandamentos da Lei de Deus como itinerário temático da primeira década do novo Milénio. 
Este ano, o Santuário ritma a sua vida e proposta pastoral pelo oitavo Mandamento, convidando-nos a Viver na Verdade! É um desafio que brota do mais profundo da história da salvação – a verdade libertar-vos-á (Jo 8,32) – e oferece um caminho novo à incessante procura do coração humano. Todos nós temos sede da verdade. Todos procuramos a verdade sobre a vida e sobre o mundo, o homem e Deus. Não nos chega o materialismo económico reinante nem o relativismo ético que tudo justifica. Queremos mais! Mas, o que é a verdade? Em que consistirá? Onde procurá-la?
Muitos dos caminhos percorridos, nos últimos séculos, foram dar a becos sem saída! Vivemos tempos de desencanto perante as grandes pretensões da Modernidade: muitos são os que deixaram de acreditar nas ideologias que lhes deram forma. Desiludidos e cansados, corremos o risco de calar, no mais íntimo de nós mesmos, a perguntas de sempre e aceitar, por igual, todas as respostas. Neste contexto, também a proposta cristã corre o risco de perder densidade e significatividade!
Nas reuniões de preparação da Peregrinação foi ganhando corpo a ideia que não bastaria apresentar a verdade como um conceito ou obrigação moral – de difícil compreensão e não só para crianças! –, mas que era preciso fundá-la em algo ou alguém que lhe desse rosto e nome, para além de todas as conveniências sociais... Neste sentido, estruturámos os diversos momentos da Peregrinação com o objectivo de apresentar a verdade como relação de amor cujo oposto, a mentira, se sintetiza na ruptura de relações.
Assim, na celebração do dia 9 de Junho, serão apresentados testemunhos de homens e mulheres que, desde os tempos bíblicos até à actualidade, deram a vida pela verdade. Na celebração do dia 10, centrar-nos-emos no testemunho de Cristo, a verdade em pessoa! Porque Deus e homem, só Ele nos podia oferecer a verdade sobre Deus e sobre nós! Ele tem segredos para nos contar que mais ninguém conhecia ou podia imaginar!
Os textos bíblicos escolhidos falam-nos da mentira como ruptura da relação entre os homens e Deus. Neste processo de destruição quem procurou sempre restabelecer a relação não foi o que a rompeu! É Deus que toma a iniciativa e vem procurar-nos. Do alto da cruz de seu Filho, continua a convidar a humanidade para uma comunhão de vida capaz de vencer a mentira e o mal, e oferece-nos o seu Espírito de amor que liberta e dá vida.
Como exemplo de vida vivida na verdade, as crianças terão também a oportunidade de assistir, no Centro Pastoral Paulo VI, à encenação da vida familiar dos Pastorinhos onde eles se assumem como defensores da verdade das Aparições. No meio das dificuldades e sofrimentos que aqueles acontecimentos extraordinários lhe causavam, foi a beleza sublime daquela experiência que os ajudou a permanecerem fiéis.
Os Pastorinhos viveram aqueles acontecimentos de forma diferente: o Francisco tornou-se um contemplativo de Jesus escondido. Este ano, com o início das celebrações do primeiro centenário do seu nascimento, procurámos dar a conhecer a sua experiência da fé. Para o efeito, lançámos duas ideias: um concurso nacional para as crianças da catequese e um convite para, depois da celebração do dia 9, grupos de crianças permanecerem alguns minutos em adoração a Jesus escondido no pão consagrado. Responderam ao convite 290 crianças. No que diz respeito ao concurso, chegaram-nos 984 trabalhos, 92% são desenhos e 8% são textos. Os melhores desenhos e textos serão expostos num dos espaços anexos à Igreja da Santíssima Trindade.
P. Armindo Janeiro (Coordenador)
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