02 de novembro, 2009
A pedido da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, entidade organizadora do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, realizado no Santuário de Fátima entre 30 de Novembro e 3 de Dezembro divulgam-se as seguintes conclusões desta iniciativa: Conclusões 1- A Igreja acompanha o programa científico e técnico que na medicina e na saúde, tem permitido, através da transplantação, dar mais saúde e mais vida, com mais qualidade de vida a muitos doentes que, sem esta intervenção, teriam uma saúde muito limitada. 2- Os Papas, sobretudo João Paulo II e Bento XVI afirmaram a transplantação de órgãos como testemunho de caridade e, ao mesmo tempo a doação altruísta como fundamental para uma correcta concepção da vida, porque se faz da própria vida uma oferta para os outros. 3- A missão da Pastoral da Saúde é acompanhar os doentes e as suas famílias, sobretudo nos momentos de maior dificuldade e dar apoio aos profissionais de saúde na sua actividade clínica, sempre que estes lho peçam em ordem ao melhor bem-estar da pessoa doente. 4- O acto de amor que se exprime na doação de órgãos vitais, é também um autêntico testemunho de caridade, para que cresça sempre a vida e, por isso, “o caminho a seguir é a disseminação e a formação de uma cultura de solidariedade que esteja aberta a todos e não exclua ninguém”. 5- A Pastoral da Saúde reconhece o trabalho exaustivo que se está a fazer em Portugal para responder, em muitas áreas, ao progresso da medicina em ordem aos transplantes de órgãos, o que tem permitido a salvação, a saúde e a qualidade de vida, a muitos milhares de pessoas. Tendo em consideração estes pressupostos, a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, com os 600 participantes neste Encontro Nacional, propõe-se: 1º - Apoiar a reflexão, nas comunidades cristãs, escolas, paróquias e movimentos, sobre a cultura da solidariedade que convida à doação de órgãos, quer em vida, quer pós morte, como forma privilegiada de caridade; de facto, a missão educativa que pertence à Igreja contempla também a educação para a saúde e a educação para a solidariedade, mesmo neste significativo dom da vida, a dádiva de órgãos. 2º - Elaborar material de informação que dê notícia das muitas situações clínicas em que a transplantação de órgãos proporciona às pessoas que eram doentes quer a cura das suas limitações quer a qualidade de vida que sempre desejaram ter; este material será depois posto à disposição das comunidades cristãs, que querem colaborar na difusão da ideia de que a doação de órgãos é expressão privilegiada da solidariedade. 3º - Sugerir aos núcleos paroquiais da Pastoral da Saúde já presentes em muitas comunidades cristãs que criem grupos de dadores de sangue e, simultaneamente, grupos que se proponham estudar as situações em que muitas pessoas se podem tornar dadores de sangue e dadores de órgãos em vida ou depois da morte; que se sensibilizem as populações para a doação de órgãos numa sociedade que se quer solidária. 4º - Valorizar o papel dos capelães e outros agentes de assistência espiritual e religiosa, nos hospitais e centros de transplante, em diálogo interdisciplinar com as equipas técnicas e participando, nomeadamente, no apoio espiritual e humano a dar aos doentes em proximidade de transplante, às suas famílias e, ainda, aos dadores de órgãos quando necessário, sabendo que razões da natureza espiritual e religiosa podem, por vezes, ajudar a vencer dificuldades infundadas quer quanto à transplantação, quer quanto à doação de órgãos. 5º - A terminar, a Pastoral da Saúde e a Autoridade do Serviços de Sangue e de Transplante, congratulam-se com a colaboração com que trabalharam na organização deste XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde e congratulam-se também com a actividade que em conjunto querem desenvolver para criar em Portugal uma nova mentalidade, no campo da doação de órgãos, uma autêntica cultura de solidariedade. Agradecemos ainda ao Santo Padre Bento XVI as grandes lições que nos deu, no que se refere à visão cristã da doação de órgãos, do programa científico neste campo e da atitude que as comunidades cristãs devem ter perante este testemunho privilegiado da caridade. Fátima, 3 de Dezembro de 2009 ARQUIVO O Santuário de Fátima volta a acolher mais uma edição, a 22ª, do Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa organizada pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, agendada para o Centro Pastoral Paulo VI, entre os próximos dias 30 de Novembro e 3 de Dezembro. A temática da edição deste ano procurará reflectir e sensibilizar sobre “Transplante de órgãos, doação para a vida”. De acordo com informação da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, até ao presente momento (25 de Novembro) foram efectuadas mais de 600 inscrições. A mesma fonte informa que a Ministra da Saúde de Portugal, Ana Jorge, estará presente na sessão de encerramento, às 11:30 de 3 de Dezembro. Na mensagem aos participantes deste Encontro, D. Carlos Moreira Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, entende que a escolha deste tema representa o alargamento e a renovação “do olhar sobre problemas novos sempre a emergir”, nesta área da Saúde. “É temática actualíssima conhecer as possibilidades científicas e a perspectiva cristã relativa aos caminhos abertos no domínio da doação e transplante de órgãos”, refere D. Carlos Azevedo que, no que respeita à perspectiva cristã, sublinha que “os cristãos não só não têm preconceitos religiosos condutores a rejeitar a doação, como, pelo contrário, encontram no gesto de doação um novo caminho de caridade, aberto pelas ciências médicas”. Na nota de abertura publicada no programa impresso deste XXII Encontro, Mons. Feytor Pinto, coordenador nacional da Pastoral da Saúde, também destaca que “a doação de um órgão é sempre acto de amor”. “Há inúmeros doentes à espera de um órgão para receber um transplante que lhes restituía a saúde e a qualidade de vida que perderam. Todos podem intervir na colheita de sangue e na oferta de órgãos em vida ou depois da morte, participando na felicidade de muitas pessoas que, de outra forma, não iriam sobreviver”, refere. Assente no objectivo geral “incentivar a doação de órgãos, mesmo em vida, como expressão máxima da caridade cristã” a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde entende que a edição deste ano do Encontro Nacional tem como especiais destinatários os vários profissionais da área da Saúde, da Acção Social, da Formação e da Pastoral. O prazo limite para inscrição, junto da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, termina no dia 20 de Novembro de 2009. Programa, documentação vária e contactos para esclarecimento de dúvidas ou para inscrição estão disponíveis em www.pastoraldasaude.pt LeopolDina Simões Sala de Imprensa Santuário e Fátima |