20 de fevereiro, 2015
A 22 de fevereiro, é dedicada, na paróquia de São Tiago dos Marrazes, em Marrazes, diocese de Leiria-Fátima, a Igreja dos Pastorinhos. Falamos da primeira igreja a ser dedicada aos Beatos Francisco e Jacinta Marto na diocese de Leiria-Fátima e a segunda no país; a primeira é a de Alverca. A dedicação, é presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, pelas 15:30. Foto: Diocese de Leiria-Fátima Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, o pároco de Marrazes, padre Augusto Gomes Gonçalves, destaca os motivos que levaram à escolha dos Pastorinhos de Fátima: “Todos os crentes daquela zona são devotos de Nossa Senhora de Fátima, que a têm como padroeira. Sendo assim, foi-nos proposto dedicarmos aos Beatos Francisco e Jacinta Marto esta nova igreja, tendo em conta que Nossa Senhora também continuará a ser padroeira daqueles crentes”. O sacerdote recorda que prontamente acolheu a proposta, também entendida como um “desafio”, até pela sua devoção pessoal a Nossa Senhora de Fátima: “Eu próprio abracei a proposta, até porque desde muito pequeno estive ligado a Fátima. Fiz uma vez, tinha 14 anos, uma entrevista ao Ti Marto e à Ti Olimpia, pais do Francisco e da Jacinta, que nunca esquecerei”. “Assim, com a Postulação de Francisco e Jacinta Marto e com o Santuário de Fátima iniciámos o processo; e, graças a Deus, no dia 22 celebraremos a referida dedicação como uma grande bênção de Deus. Este evento festivo está a ser preparado com entusiasmo e com a certeza da intercessão dos Beatos Francisco e Jacinta”. A Igreja, na paróquia dos Marrazes, a norte de Leiria, foi construída numa zona que em tempos foi rural, a Quinta do Alçada, em terreno cedido pela autarquia de Leiria, atualmente um “espaço urbano, ainda bastante anónimo”. “Só aquela zona, uma das sete de toda a paróquia e a maior, tem cerca de 5.000 habitantes. Neste espaço humano habitam pessoas de quase todo o mundo, de todas as culturas e de vários credos”, descreve o padre Augusto Gomes Gonçalves. A nova obra, cuja bênção da primeira pedra teve lugar a dia 10 de julho de 2005, é um projeto da autoria da arquiteta leiriense Alexandra Cantante. Na descrição do pároco, “é uma Igreja única, estética, simples e funcional que faz convergir toda a assembleia para o altar, tem lugar para 450 pessoas sentadas”. As imagens dos pastorinhos beatos Francisco e Jacinta Marto, cuja festa litúrgica se celebra a 20 de fevereiro, e a de Nossa Senhora de Fátima, que ali ficarão à veneração dos fiéis, são da autoria de Bruno Marques, e encontram-se neste momento a ser esculpidas. “São de mármore de Estremoz e serão três obras de arte a valorizar esta igreja”, descreve o padre Augusto Gomes Gonçalves. Para além da igreja, a obra contempla um auditório para 370 pessoas, salas de catequese e três salas maiores para reuniões. A casa mortuária, embora separada da igreja, fica no complexo geral. “É verdadeiramente um centro pastoral”, conclui o pároco, pedindo a intercessão dos Beatos Francisco e Jacinta para que “esta Igreja seja mais Igreja humana e todo o espaço esteja ao serviço da fé, da vida, da cultura e dos momentos mais importantes das pessoas, criando assim proximidade e complementaridade”. Quanto à celebração da dedicação, o padre Augusto Gomes Gonçalves é perentório: “As espectativas são de alegria e de esperança, pois esperamos que todas aquelas pessoas comecem a ser verdadeira comunidade”. Na descrição do pároco, a igreja e o complexo cultural “irão servir uma zona muito complexa a vários níveis, mas com grandes capacidades, que gostaríamos que se desenvolvessem cada vez mais. A nível de paróquia nada vai mudar”. Na página da Paróquia de Marrazes na Internet, o pároco assinala um dos principais intuitos da nova comunidade: “Queremos pedir a Deus que nos conceda a grande graça da canonização destas duas crianças e que junto d’Ele velem por todos nós e dum modo especial por todas as crianças, seus pais e todos os educadores. Temos muito que aprender dos Pastorinhos que tanto nos ensinam; e as nossas crianças também nos podem ensinar se nós próprios as ajudamos primeiro e formos para elas exemplo de vida”. LeopolDina Simões |