20 de julho, 2013
“Ficai connosco, Senhor” Entre a certeza da morte e a esperança da ressurreição, a Igreja encontra-se com a Eucaristia e alimenta-se dela... o Pão da vida eterna... porque pão de amor... porque o amor se eterniza sempre. Foi diante do mistério da Eucaristia, presença real de Jesus, que o Papa Francisco desafiou todos os cristãos a reunirem-se no dia de Corpo de Deus. O Santuário de Fátima aceitou o convite e lançou o desafio aos peregrinos para, na tarde do dia de Corpo de Deus, 2 de junho, se reunirem na Capelinha das Aparições para um tempo de oração e adoração em comunhão com o Santo Padre e com toda a Igreja. Em torno do Santíssimo Sacramento, exposto no altar da Capelinha das Aparições, reuniu-se uma pequena multidão para rezar pela Igreja espalhada em todo o mundo por todos aqueles que nas diversas partes do mundo vivem no sofrimento (as novas formas de escravidão, as vítimas de guerras, do tráfico de pessoas, do narcotráfico e do trabalho escravo; as crianças e mulheres que são submetidas a qualquer tipo de violência). O tempo de oração começou com o acolhimento de Jesus Sacramentado. Na custódia sobre o altar e nas pequenas custódias, as histórias pessoais de vida, Jesus, o Santíssimo, continua a expôr-Se, permanece e faz caminho com a humanidade. Expõe-se porque se deixa ver a amar, a perdoar, a acolher, a curar ... como sempre fez. Alternando os momentos de escuta do Evangelho com momentos de silêncio e de reflexão, com momentos de invocação e de cânticos, o tempo de oração e adoração foi progredindo até à recitação do terço. O Papa João Paulo II dizia que o Rosário, visto no seu sentido profundo, bíblico e cristocêntrico, poderá ser um caminho particularmente adaptado para a contemplação eucarística, atuada em companhia e na escola de Maria, a Mãe do Céu. E foi o que aconteceu. No Rosário, os cristãos presentes foram convidados a olhar para Jesus com os olhos da Mãe do Céu (que é Mãe de Jesus e nossa Mãe também) que sempre aproxima do próprio Jesus; que faz compreender a sua vida; que faz interiorizar o segredo do amor e da capacidade de amar. A Mãe do Céu propõe sempre os mistérios da vida do Filho como fonte de oração. No Rosário, os peregrinos presentes foram convidados a olhar para o amor dos Beatos Francisco e Jacinta Marto pela Eucaristia, o “Jesus escondido”. Terminada a oração do Rosário constituiu-se a procissão eucarística que percorreu todo o recinto para vir a terminar no altar maior diante do qual a multidão se reuniu para a bênção do Santíssimo Sacramento. Foi uma tarde de oração. Contemplar a Eucaristia, porque é contemplar Jesus, faz reaprender o despojamento, faz-nos reaprender a amar. E no final da oração, isso respirava-se. P. Emanuel Silva |