30 de março, 2012

Os 600 participantes do XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que se reuniram em Fátima, de 2 a 5 de Maio de 2012, chegaram às seguintes conclusões:
1. É missão da Igreja Católica cuidar do homem todo e de todos os homens como disse Paulo VI, em Fátima, em 1967. Se é importante o acompanhamento espiritual e religioso de quantos o pedem, é também essencial a preocupação pelo seu bem-estar bio-psico-social e cultural.
2. A Igreja Católica realiza esta missão do cuidado com o homem integral, mediante a Pastoral da Saúde, isto é, a actividade organizada da Igreja, através da qual, no campo da saúde, se torna presente a acção salvífica de Cristo. Esta actividade tem fundamentalmente três dimensões: a educação para a saúde, o cuidado com os doentes durante a terapia da recuperação e o acompanhamento dos que, pela idade ou pela sua fase terminal, estão votados à solidão.
3. A sociedade actual vive situações de dificuldades que se repercutem na assistência à saúde dos cidadãos. É o caso das listas de espera, do aumento das taxas moderadoras, da quase impossibilidade de acesso de alguns aos cuidados de saúde, a par do perigo da desumanização dos cuidados e da sobrecarga dos profissionais.
4. Além disso, porque são as mesmas pessoas apoiadas pelas unidades de saúde e acolhidas pelas comunidades cristãs, importa estabelecer uma relação de cuidados entre os Centros de Saúde e as Paróquias com os seus Centros Sociais. É neste trabalho que se insere a acção eficaz da Pastoral da Saúde.
5. Chegou-se, ainda, à conclusão que será altamente recomendável que se formalize a Pastoral da Saúde em todas as Paróquias de Portugal e que se lhe conceda o mesmo grau de importância e empenho que se dedica aos outros sectores.
Tendo em consideração tudo isto, propomo-nos incentivar as comunidades paroquiais a envolver-se nas seguintes acções:
1º. No plano do apoio à saúde do homem todo e de todos os homens:
• Promover acções de Educação para a Saúde, ajudando crianças, jovens e adultos a ter uma vida saudável, capaz de os fazer felizes.
• Procurar conhecer os idosos e doentes que vivem na área da paróquia, a fim de contrariar o seu isolamento, através de grupos de voluntariado organizado.
• Acompanhar as pessoas que precisam de cuidados, quer ao Centro de Saúde, quer às urgências dos Hospitais, facilitando o transporte, se necessário, e assegurando a continuidade da assistência.
• Assegurar o número de voluntários suficiente e com formação específica para estas tarefas, acompanhando-os na especificidade de serviço em que deverão ser peritos.
2º. No Plano de Apoio Espiritual e Religioso
• Garantir a assistência espiritual a todos os doentes durante a sua permanência nos hospitais, uma vez que é, para estes, um direito inalienável, no respeito pela liberdade religiosa de cada um.
• Organizar, na comunidade paroquial, a assistência espiritual aos doentes e idosos nos seus domicílios. A par dos apoios sociais, a todos são devidos o acompanhamento espiritual e religioso e a celebração dos sacramentos, sempre que o desejem. Os voluntários destacados para os serviços da Pastoral da Saúde na paróquia devem ter formação específica.
• Na consciência de que os doentes e os idosos também são membros activos da comunidade paroquial, estes devem estar inseridos em actividades de que são capazes e que os levem a sentir-se realizados e úteis à comunidade. Também esta é uma forma de envelhecimento activo e de abertura à relação entre gerações.
3º. No plano da relação com as estruturas da Saúde a nível nacional ou local
• Organizar um projecto da dádiva gratuita de sangue, a curto, médio e longo prazo: disponibilidade dos cristãos para dar sangue, em situações de emergência (curto prazo); propor um número significativo de paróquias que se disponham a consagrar tarefas de dádiva de sangue, nos meses mais difíceis – Janeiro e Fevereiro, Julho e Agosto (médio prazo); conseguir que todas as dioceses tenham um tempo, ao longo do ano, em que a Pastoral da Saúde local se organize para a dádiva benévola de sangue (longo prazo). Tudo isto deve fazer-se em colaboração com o Instituto Português do Sangue.
• Incrementar a prevenção de riscos, nas ondas climáticas de frio ou de calor, aceitando colaborar nas propostas feitas pela Direcção Geral da Saúde e que são essenciais para a melhor saúde dos idosos e das crianças.
• Apoiar as pessoas com menos recursos a saber pedir a isenção das taxas moderadoras. Há inúmeros doentes que têm direito à isenção e não sabem como ultrapassar os limites burocráticos que se lhes apresentam.
• Finalmente, levar as comunidades paroquiais a conseguir estabelecer relações de proximidade com os Centros de Saúde e os Hospitais da zona. Esta relação, com cordialidade e simpatia, poderá ajudar a salvar muitas vidas e a criar um ambiente saudável no ambiente da cidade onde tal se consiga.
Este plano é ambicioso, mas os participantes do XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde sentem que assim podem transformar os cuidados de saúde sempre num lugar de esperança para todos.
CONCLUSÃO SÍNTESE: Urge motivar e apoiar as comunidades cristãs para o acompanhamento dos doentes e idosos mais carenciados, no recurso aos cuidados de saúde, e prestar-lhes, pela relação de ajuda, o acompanhamento, indispensáveis nos mais carenciados.
ARQUIVO:
Entre 2 e 5 de maio, o Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima, acolhe o XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa promovida pela Comissão Nacional Pastoral da Saúde, numa organização da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, que anuncia este Encontro como “tempo de estudo e de debate”, aberto à participação de “todos quantos se encontram envolvidos, direta ou indiretamente, no mundo da saúde”.
O Encontro deste ano será subordinado ao tema “Cuidados de Saúde, Lugares de Esperança ” e contará com intervenções de referência na Saúde em Portugal. 
 
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EPISCOPAL DA PASTORAL SOCIAL, D. JORGE ORTIGA
PROGRAMA DO XXVI ENCONTRO DA PASTORAL DA SAÚDE
FICHA DE INSCRIÇÃO
Para mais informações: www.pastoraldasaude.pt
PDF

HORÁRIOS

04 jul 2024

Missa, em inglês, na Capelinha das Aparições

  • 15h30
Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

  • 18h30
Terço
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização. O seu navegador de Internet está desatualizado. Para otimizar a sua experiência, por favor, atualize o navegador.