15 de abril, 2007

Luís Represas vai estar em Fátima no Sábado, 14 de Abril, para um espectáculo de solidariedade, promovido pelo Grupo Missionário Diocesano de Leiria-Fátima Ondjoyetu. As receitas reverterão para apoiar o trabalho que a equipa missionária de Leiria-Fátima está a desenvolver em Angola desde Agosto de 2006, no âmbito do protocolo de geminação assinado entre as dioceses de Leiria-Fátima e do Sumbe.
O concerto terá lugar no Centro Pastoral Paulo VI, no Santuário de Fátima, às 21h30.
Os bilhetes podem ser adquiridos com antecedência no local (Centro Pastoral Paulo VI), nos Missionários da Consolata, Missionários do Verbo Divino, Canção Nova – tudo isto em Fátima, ou no próprio dia, no local do espectáculo.
O custo dos bilhetes é de 10,00 € e as crianças, desde que fiquem ao colo, não pagam.
Recorde-se que, a geminação das dioceses de Leiria-Fátima e Novo Redondo, que ainda em 2006 assumiu a designação de Diocese do Sumbe (Angola), foi oficializada no dia 25 de Março de 2006 e tornada pública na tarde do dia 23 de Abril de 2006, no Santuário de Fátima, na presença de D. Serafim Ferreira e Silva, então bispo de Leiria-Fátima (agora Emérito) e do bispo angolano D. Benedito Roberto.
Em termos práticos, no seguimento desta geminação, uma equipa da Diocese de Leiria-Fátima partiu em Agosto 2006 para o Sumbe, mais precisamente para a Missão do Gungo, para trabalho missionário e social nesta região martirizada pela guerra.
Em Abril de 2006, Mafalda Veiga foi a cantora convidada para o Concerto de Solidariedade Sumbe 2006, também realizado no Centro Pastoral Paulo VI e ao qual assistiram duas mil pessoas.
Mais recentemente, na Quaresma deste ano, D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, anunciou que, por decisão do Conselho Presbiteral, os resultados da renúncia quaresmal, ainda não contabilizados, reverterão também para a Diocese do Sumbe, no âmbito da mesma geminação.
 A propósito desta iniciativa cultural e solidária, a Sala de Imprensa do Santuário entrevistou o P. Vitor Mira, sacerdote missionário no Sumbe.
Deus serve-se de nós para mostrar às pessoas o quanto ama os pobres
Que balanço faz do trabalho da equipa desta diocese que está no Sumbe?
A equipa missionária de Leiria-Fátima está no Sumbe desde Agosto de 2006. Tem havido algumas dificuldades mas, graças a Deus, o balanço é positivo.
Neste momento a comunidade do Gungo já tem uma equipa missionária a acompanhá-la, o que antes não acontecia; durante vários anos aquela comunidade só tinha missa ao domingo quando os grupos de voluntários de Leiria-Fátima iam a Angola nos meses de Julho a Setembro. Graças a esta presença o Gungo passou de Centro Missionário a Missão, o que lhe dá mais autonomia; é um passo muito importante pois até agora esta comunidade estava ligada à paróquia da Sé do Sumbe que fica a mais de 100 km de distância.
Outro passo importante nestes meses foi a recepção do jipe da missão que aconteceu em Janeiro. De Agosto até este mês a equipa andou com um jipe emprestado por um senhor amigo do Sumbe. Este jipe foi adquirido com a contribuição da diocese de Leiria-Fátima (principalmente crianças e adolescentes das catequeses e escolas) e com o apoio da MIVA, uma organização austríaca que apoia as missões.
Outra faceta deste projecto tem sido a construção da casa no bairro da Pedra Um, nos arredores do Sumbe. A necessidade desta casa justifica-se pela distância a que se situa o Gungo e seu isolamento. Para a equipa lá realizar o seu trabalho precisa desta estrutura de apoio. As obras de vedação do terreno começaram em Outubro, a construção da casa iniciou-se em Janeiro; esperamos que esteja habitável em fins de Maio. Depois deste passo a equipa missionária dedicar-se-á à comunidade do Gungo a tempo mais completo; até agora teve que se dividir entre a construção da casa (de segunda a sexta) e o acompanhamento da comunidade (sábados, domingos e maiores festas litúrgicas).
Quais as principais dificuldades e as grandes alegrias sentidas?
As dificuldades prendem-se com o clima diferente, também a cultura e mentalidade. A própria forma como o projecto foi assumido com a construção da casa e o apoio ao Gungo têm exigido do grupo um grande esforço; a falta de energia electrica e água canalisada na casa em que vive a equipa embora não sejam propriamente uma dificuldade, limita um bocado o trabalho. Outra dificuldade é a picada de acesso ao Gungo; no tempo da chuva é a média de velocidade é 5 km à hora com muitos enterramentos na lama pelo meio; as viagens tornam-se longas e cansativas; o tempo de trabalho com a comunidade fica reduzido o que é algo frustrante, mas sabemos que esta é apenas uma fase.
A principal alegria é sentir a alegria e esperança deste povo que tem estado tão isolado e vive com tantas dificuldades; também sentir o projecto a avançar, objectivos a serem atingidos e receber o apoio de tanta gente é motivo de grande alegria. Outro motivo de alegria é sentirmos que Deus se serve de nós para mostrar às pessoas, aos mais pobres dos pobres, quanto os ama e que não os esquece.
As receitas conseguidas com este concerto financiarão alguma obra ou trabalho em especial?
O lucro do concerto reverte a favor do fundo do grupo e destina-se a apoiar o projecto no seu todo. O grupo tem procurado angariar fundos de por vários meios. Por agora não lhes dá um fim específico. Entram todos na contabilidade geral do grupo. É desse fundo que se está a financiar o pagamento da casa que está a ser construída e a cobrir outras despesas inerentes à presença desta equipa de Leiria-Fátima no Sumbe.

 
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