1300 crianças inscritas no “encontro com os pastorinhos” este sábado na Basílica da Santíssima Trindade.
Santuário inicia esta sexta feira a celebração do dia dos Pastorinhos com programa especial
O Santuário de Fátima vai celebrar o dia dos Pastorinhos com um programa especial em três momentos distintos com celebração, oração e catequese, apresentação de um livro e um concerto, entre esta sexta-feira e sábado e, para já, conta com a inscrição de 1300 crianças para o “Encontro com os Pastorinhos”, este sábado às 14h30, na Basílica da Santíssima Trindade.
O encontro, que começa com uma catequese e segue depois com o Rosário, será animado pelas Religiosas da Aliança de Santa Maria e presidido pelo Reitor do Santuário.
Entre os inscritos, o maior grupo vem da vigararia de Sintra, do patriarcado de Lisboa (cerca de 750 crianças), que trará ao Santuário 2 grupos. Além desta diocese, o Santuário acolherá 3 grupos da diocese de Leiria-Fátima e outros dois da diocese de Portalegre Castelo Branco.
Será um momento em que as crianças serão convidadas a recordar a entrega dos pastorinhos, que ofereceram os seus sacrifícios e orações a Nossa Senhora pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo.
Aliás, o programa preparado para estes dois dias é, especialmente, direcionado para as crianças, adolescentes, jovens e seus familiares com momentos de oração, de catequese, de celebração eucarística e terminará com um concerto.
Esta sexta-feira, realiza-se a Adoração Eucarística Comunitária, na Capela do Santíssimo Sacramento, a partir das 17h30, e, à noite, está programada uma Vigília na Capelinha das Aparições e Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, às 21h30.
Já no dia da festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta, este sábado, o convite é começar o dia com a Oração do Rosário, às 10h00, na Capelinha das Aparições, e às 10h45, haverá a procissão para a Basílica da Santíssima Trindade, seguida da Missa com bênção das crianças.
Outro dos momentos festivos é o lançamento do novo livro que relata “A Missão do Francisco”, um conto da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez inspirado na vida e no testemunho de fé dos três pequenos videntes da Cova da Iria.
O livro é apresentado na Casa das Candeias, em Fátima, às 17h00 pelo teólogo do Santuário, Pedro Valinho Gomes, e conta com a presença do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, que escreveu o prefácio da obra, e com o reitor do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas.
O Santuário termina o dia dos Pastorinhos com o II Concerto Evocativo dos Pastorinhos ‘Ex Ore Infantium’, pelo coro Vox Ætherea, constituído exclusivamente por vozes femininas, sob a direção do maestro Alberto Medina Seiça.
Este recital desenvolve-se num percurso marcado por três momentos que ressoam a mensagem de Fátima - conversão, paz, oração, e começa às 21h00, na Igreja Paroquial de Fátima.
Recorde-se que o Dia dos Pastorinhos se assinala no dia do falecimento da beata Jacinta Marto, que nasceu a 11 de Março de 1910. Na altura das aparições tinha sete anos. Era a mais jovem dos videntes. Francisco, o seu irmão, dois anos mais velho, tinha nove anos na altura das aparições. Ambos conviveram de perto com a prima, Lúcia de Jesus, mais velha e com quem partilharam as visões.
No passado sábado assinalou-se em Coimbra, no Carmelo de Santa Teresa, o 11º aniversário da morte da Irmã Lúcia. Na altura do Bispo de Coimbra, que presidiu à celebração, a firmou que a vida dos três pastorinhos de Fátima “é um autêntico sinal da fé no Deus da Misericórdia”.
«Os Três Pastorinhos contemplam por graça esse olhar terno da Mãe que reflete o olhar de Deus. Como crianças totalmente desprovidas de poder, deixam-se tocar por dentro, acolhem e aceitam a força do amor, que transforma, converte e salva», disse D. Virgílio Antunes na missa do 11.º aniversário da morte da irmã Lúcia, em Coimbra.
O prelado destacou, ainda, que os apelos repetidos de «sacrifícios e orações pela conversão dos pecadores» tornaram-se a causa maior das suas vidas.
«A perdição maior só encontra saída no amor maior, o arrependimento é o sinal humano da fé no Deus que chama os pecadores para que se convertam e vivam», observou.
Por outro lado, acrescentou, a vida dos videntes mostra como se pode viver a missão de «testemunhar aos homens a misericórdia que abre as portas da conversão».
Ao contrário dos beatos, cuja festa litúrgica a igreja assinala amanhã, sábado, a irmã Lúcia de Jesus (1907-2005) teve uma longa vida, 57 anos dos quais passados como religiosa carmelita.
CR
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