13 de fevereiro, 2015

A promessa de Nossa Senhora foi o seu grande testemunho

Cumprem-se hoje os dez anos do falecimento da Irmã Lúcia de Jesus, vidente de Nossa Senhora em Fátima. A vida e o testemunho da religiosa carmelita foram assinalados de forma especial pelo reitor do Santuário de Fátima, durante a celebração da Eucaristia da peregrinação mensal, na Basílica da Santíssima Trindade, às 11:00.
“A promessa que Lúcia recebeu de Nossa Senhora - Eu nunca te deixarei, o meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus - foi o que a guiou na sua vida e constitui o seu grande testemunho”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.
Esta experiência de sentir-se “olhado por Nossa Senhora, acariciado e consolado por ela”, é, nas palavras do reitor, “a certeza de que Deus não fica indiferente diante do nosso sofrimento”.
“Invocar Deus como consolador é afirmar que Deus não é indiferente ao nosso sofrimento, que o nosso sofrimento não é estranho a Deus! Ele vem em nosso auxílio e não nos deixa sós”, reiterou.
A missa votiva celebrada no dia de hoje em Fátima foi a da Mãe da Consolação, na qual Maria foi lembrada como “Mãe, atenta às nossas dificuldades e sofrimentos e que nos traz o alívio e a força para enfrentarmos as adversidades e dificuldades da nossa vida”.
E foi essa experiência que Lúcia de Jesus viveu, “esta confiança na mãe da consolação, nesta mãe que no meio das dificuldades sempre a foi amparando”.
Ao sublinhar que Jesus Cristo é “a mais plena manifestação da consolação de Deus”, ele que “assumiu a nossa natureza humana, experimentou o sofrimento, conheceu as dificuldades que nascem da nossa fragilidade de criaturas limitadas”, o reitor recordou que Maria, “quando esteve junto de Cristo que sofria na cruz, mereceu de modo eminente a bem-aventurança que o Evangelho promete aos que sofrem”. Por isso, pode “consolar os seus filhos em todas as tribulações da vida”.
Para o padre Carlos Cabecinhas, esta ligação e devoção a Nossa Senhora justificam a atração do Santuário de Fátima: “Os peregrinos que acorrem aqui a Fátima chegam animados por esta confiança na ajuda de Nossa Senhora. Chegam com as suas preocupações, com o peso da própria cruz, com as canseiras e aflições do dia a dia, para as apresentar a Nossa Senhora e, por meio dela, receberem a consolação de Deus, a força e o auxílio de que sentem necessidade”.
LeopolDina Simões
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