11 de outubro, 2012
Nossa Senhora voltou a receber no seu Santuário na Cova da Iria milhares de peregrinos de todo o mundo, que participaram nas várias celebrações do programa da peregrinação aniversária dos 95 anos da aparição de 13 de outubro. Para além das aparições de Maria em Fátima, a peregrinação lembrou de forma especial a história da própria Igreja Católica, com a evocação da abertura do Concílio Vaticano II, há 50 anos. Foi também ocasião de se recordarem a dedicação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e os 75 anos da fundação da Rádio Renascença – Emissora Católica Portuguesa. Em estreita união com a Igreja Universal, a Igreja Portuguesa escolheu o dia 13 de outubro como o momento de arranque nacional da celebração do Ano da Fé, aberto pelo Papa Bento XVI a 11 de outubro, no Vaticano. Presidiu à peregrinação o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Durante a eucaristia internacional do dia 13, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa lembrou que “o Santo Padre convidou toda a Igreja a celebrar os cinquenta anos da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II. Nós, Igreja de Portugal, celebramos aqui, em Fátima, aos pés de Maria”. “Não se trata, apenas, de recordar uma data do passado. O relevo dado por Bento XVI a esta celebração quer sublinhar a atualidade do Concílio para a Igreja de hoje. Afirmou-o solenemente: «é meu dever indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no séc. XX. Nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa»”, disse. Revigorar e Anunciar “Nestes 50 anos o mundo mudou, mas essa mudança só agudizou a urgência da mensagem do Concílio: revigorar o ardor da Igreja tornando-a mais capaz de anunciar a este mundo em que vivemos a mensagem cristã. Bento XVI indicou-nos dois elementos decisivos para essa hermenêutica: a nova evangelização e a renovação da fé”. – Foi esta a principal exortação lançada por D. José Policarpo na homilia que intitulou “Celebrar o Concílio é renovar a nossa adesão à Igreja”. Contemplar Maria, “modelo de crente”, pode ser uma forma, considera o Cardeal Patriarca de Lisboa, de evocar o Concílio Vaticano II. “Ela [Maria] é o primeiro membro da Igreja, faz parte deste povo crente a que nós pertencemos, a sua fé é hoje a fé da Igreja, caminha connosco, reza connosco, é nosso modelo inspirador. É nosso modelo na radicalidade com que acolheu a Palavra de Deus”, afirmou o Cardeal recordando que o Papa Bento XVI, ao iniciar o Ano da Fé, apontou a fé de Maria como “incentivo que nos impele”. LeopolDina Simões |