11 de fevereiro, 2012
A Igreja viveu a 11 de fevereiro o Dia Mundial do Doente.
Um programa especial com momentos oração e de reflexão junta esta tarde no Santuário de Fátima cerca de três centenas de pessoas, a maioria doentes, de várias instituições da Diocese de Leiria-Fátima.
O programa - uma organização conjunta Santuário de Fátima, Silenciosos Operários da Cruz, Movimento da Mensagem de Fátima e Serviço Diocesano da Pastoral da Saúde de Leiria-Fátima - teve início na Capelinha das Aparições, com a recitação do Rosário.
Celebra-se agora na Igreja da Santíssima Trindade a Eucaristia, presidida pelo Reitor do Santuário de Fátima, momento em que será celebrado o sacramento da Unção dos Doentes.
Antes da Eucaristia, o cónego Emanuel Matos Silva, da diocese de Portalegre-Castelo Branco, apresentou uma palestra alusiva ao Dia Mundial do Doente, que intitulou “Ó Jesus, é por vosso amor”.
Na sua reflexão, o sacerdote lembrou as principais interrogações do homem sobre a compatibilidade de Deus com o sofrimento e falou do grande desafio que se coloca ao homem: “encarar de frente a sua condição”.
“Somos mortais por condição e, por isso, provisórios. No entanto, por sermos mortais, o sentido da vida continua a ser a realidade que queremos encontrar”, afirmou, destacando que “numa existência em que o desafio é aprender a viver com os limites próprios da condição, a doença e o sofrimento podem ser a chave que abre diversas portas do nosso coração e do nosso ser”.
Um modo especial de doença, considera o cónego Emanuel Silva, “consiste em confrontarmo-nos todos os dias com os limites da vida como o experimentam os doentes os que sofrem alguma incapacidade permanente, os idosos e os moribundos”.
“Mas o número dos rostos da dor, da doença e do sofrimento é infinito”, afirma o cónego Emanuel.
“Dor física, doença corporal, sofrimento causado por acidentes, dor causada por catástrofes naturais, o sofrimento das guerras e das destruições arbitrárias, o sofrimento da fome, da doença e do envelhecimento como perda de capacidades”, são alguns desses rostos.
Outros rostos da dor e do sofrimento são os “das esperanças traídas, das recalcadas feridas psicológicas, do desemprego ou da falta de tempo para si mesmo e para a família”, “a dor das críticas injustas ou incompreendidas, dos afetos feridos, do desprezo, da desconsideração, da inveja e da ambição, das burlas e das mentiras”.
“E, por último, podemos dizer que, às vezes, até se sofre por causa de Deus”. Isso acontece porque, referiu o sacerdote, “às vezes (Deus) parece ausente, distante, em absoluto silêncio quando O invoco ou lhe rezo”.
Esta constatação leva geralmente à interrogação sobre compatibilidade entre “a fé em Deus, que criou o mundo com poder e amor infinitos, e a experiência do sofrimento”.
Para o cónego Emanuel Silva, “Jesus sinaliza e pacifica mostrando-nos que os sofrimentos humanos, porque eles próprios são limitados e finitos, não podem ser males absolutos. Não têm mais poder que Deus. E não são a vocação do homem”.
Durante a eucaristia iniciada às 16:00, algumas pessoas receberão o sacramento da Unção dos Doentes.
Para o cónego Emanuel Silva a unção dos doentes “é o sacramento da força e da fortaleza perante a adversidade, seja ela a doença ou outra qualquer adversidade”.
“Destina-se, portanto, àqueles que, por qualquer motivo sofrem uma provação e necessitam de sentir a força de Deus e a comunhão da Igreja”.
A todos os participantes no programa deste Dia está a ser oferecida uma estampa com uma oração.
LeopolDina Simões
Dia Mundial do Doente - Palestra do Cónego Emanuel_Matos_Silva
Dia Mundial do Doente - Homilia do Reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas
Programa:
12:00 - Rosário, na Capelinha das Aparições.
12:30 - Almoço livre.
14:30 - Palestra, na Igreja da Santíssima Trindade.
15:15 - Preparação da UNÇÃO DOS DOENTES.
- Inscrição dos doentes para a Unção.- Intervalo. 16:00 - Missa, na Igreja da Santíssima Trindade. |
