Viver no Reino de Cristo é viver como ele de “forma pobre” mas “valorizando as pessoas”
D. José Traquina presidiu à Missa da Basílica da Santíssima Trindade este domingo, em Fátima
O bispo auxiliar de Lisboa, D. José Traquina, presidiu este domingo em Fátima à missa dominical que assinalou o lançamento da campanha nacional da Cáritas “10 Milhões de Estrelas, um gesto pela Paz” e defendeu uma igreja à imagem de Cristo para melhor testemunhar o que é o Reino de Deus.
“Fazer a experiência do reino de Cristo é viver com os pés na terra e o sangue no coração” disse o prelado sublinhando que se “se trata de viver o amor a Deus no amor ao próximo, de fazer a experiência do perdão e de trilhar o caminho da justiça e da paz”.
Afirmando que “todo o ser humano está habilitado a ser morada deste reino”, o bispo auxiliar de Lisboa salientou que “acolher e entrar neste Reino corresponde a abandonar a vida de mentira e de corrupção e da exploração humana”.
“Entrar para o Reino corresponde a uma libertação; é viver como ele e com ele o amor misericordioso do Pai o que significa ter compaixão e viver numa sociedade que valorize todas as pessoas”, adiantou ainda.
Na Missa da Solenidade de Cristo-Rei, no Santuário de Fátima, concelebrada por vários elementos do clero entre eles o reitor, Pe Carlos Cabecinhas e o assistente nacional da Cáritas, Pe José Manuel Pereira de Almeida, D. José Traquina convidou todos a “serem protagonistas do bem, tornando-se próximos dos outros, sobretudo aqueles que mais precisam”.
“A Cáritas é o testemunho da igreja em Portugal e revela o poder e o esforço do amor cristão e generoso” referiu o prelado pois “promove o amor que humaniza a pessoa “.
“Jesus Cristo entregou-se por amor; a Cáritas revela esse amor generoso”, precisou desafiando todos os peregrinos a apoiarem a Cáritas no seu trabalho e a comprometerem-se em causas.
O bispo auxiliar de Lisboa lembrou os frutos da iniciativa “10 Milhões de Estrelas- um gesto pela Paz” informando sobre alguns projectos desenvolvidos pela Cáritas. O prelado lembrou o Sri Lanka que em 2004 foi devastado por um tsunami e graças à ajuda da Cáritas conseguiu erguer 500 casas, para outras tantas famílias ou os três projectos que a Cáritas está a desenvolver na Síria envolvendo famílias, crianças e idosos doentes.
“Temos de continuar a ser capazes de ser protagonistas do bem”, concluiu.
Este domingo o Santuário de Fátima assinala, ainda, o encerramento das celebrações do Centenário das Aparições do Anjo com a inauguração de uma escultura, em bronze, da autoria de Clara Menéres, simbolizando o Anjo da Paz.
A escultura ficará no alçado superior da entrada da Capela do Anjo da Paz.
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