09 de julho, 2017

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Reitor do Santuário de Fátima convida peregrinos a aprender com  Jesus que Deus “nunca nos sobrecarrega nem é antipático”

Santuário volta a acolher milhares de peregrinos no XIV domingo do Tempo Comum

 

O reitor do santuário de Fátima exortou hoje os milhares de peregrinos presentes na Eucaristia dominical, no Recinto de Oração, a encarar Deus e a fé não como “um fardo” ou “algo penoso” mas como “um alívio para as dores” de uma vida que nem sempre é fácil.

Na homilia, que proferiu na missa presidida por D. José Ubirantan, bispo de Itaguaí  (Brasil), o Pe Carlos Cabecinhas sublinhou que muitas vezes existe a tentação de pensar que Deus “pede coisas difíceis e que é exigente” e por  isso consideramos que a “fé é um fardo e que tudo o que nos dá prazer e alegria ou é pecado ou nos faz mal”.

A partir do  Evangelho deste domingo- “Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo leve”- , o reitor do Santuário destacou que Jesus mostra que a vontade de Deus “é aliviar-nos e libertar-nos das opressões da vida”.

“Jesus sintetiza no fundo do seu coração a relação que Deus quer ter connosco” disse o Pe. Carlos Cabecinhas destacando que é a partir da interioridade do coração que a vida deve ser conduzida.

“O coração de facto é símbolo da pessoa; designa a interioridade da pessoa, e inclui para além do amor e do afecto, a sua inteligência, o centro e fonte da vida interior” referiu o sacerdote frisando que “quando Jesus nos convida a aprender consigo, do seu coração, convida-nos a aprender um coração manso e humilde que revela o verdadeiro rosto de Deus, bom e misericordioso para com todos”.

Por isso, adianta,  “as exortações de Jesus são desafio a conhecermos o verdadeiro rosto de Deus pois ninguém conhece o Pai senão o filho. Só o seu coração nos mostra que Deus nunca é essa figura antipática que nos sobrecarrega; pelo contrário é quem nos alivia”.

Na homilia o reitor do Santuário não deixou de mencionar a centralidade do coração na Mensagem de Fátima e no Santuário da Cova da Iria.

“Aqui em Fátima, Nossa Senhora apresentou o seu coração imaculado como imagem, como refúgio e como caminho que nos conduz até Jesus” porque  “o  coração da mãe conduz-nos sempre ao coração do filho e é esse coração que está presente em Fátima”, afirmou. E, os santos Francisco e Jacinta Marto “são um exemplo a imitar” nessa “confiança”.

“É a sua pequenez que os conduz ao coração de Jesus e Nele encontraram refúgio aprendendo a confiança e o descanso” pois a paz acontece “quando Jesus entra na vida de cada um”, como mostraram os pastorinhos.

Na Missa participaram, entre outros, grupos de peregrinos de Portugal, Itália, Espanha, Reino Unido, Filipinas, Irlanda, Holanda e Alemanha.

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