20 de fevereiro, 2017
Beatos Francisco e Jacinta «são duas estrelas que iluminam a noite que o mundo atravessa», disse bispo de Leiria-FátimaD. António Marto presidiu esta manhã à eucaristia da festa litúrgica dos pastorinhos
D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima presidiu esta manhã à eucaristia da festa litúrgica dos beatos Francisco e Jacinta Marto na Basílica da Santíssima Trindade. O prelado considera este dia um «ponto alto da celebração do Centenário das Aparições», porque é um conite a «descobrir a beleza da Santidade destas crianças». «Jesus indica o caminho da infância espiritual para acolher o reino de Deus», e foi através da pergunta «Quereis oferecer-vos a Deus», à qual os pastorinhos responderam sim, que «começou o percurso de Santidade». O bispo da diocese de Leiria-Fátima recordou que os pastorinhos são «apresentados como modelo de Santidade contemporâneo no nosso quotidiano», porque é possível «contemplar a beleza de Deus envolvidos na beleza das suas vidas». «O Francisco é um menino que se deixa habitar pela presença inefável de Deus, e sentiu o apelo à oração e à contemplação de Deus». D. António Marto apresenta o exemplo do pequeno vidente para salientar a importância de deixar que «Deus seja Deus no nosso coração e na nossa vida», porque Francisco «sentia-se bem na companhia e a fazer companhia a Jesus». «Este menino era um consolador porque sentia que Deus estava triste, tal como hoje, Deus é esquecido, vive-se como se Deus não existisse, e esta tem de ser a grande prioridade: tornar Deus próximo e presente na vida de cada um, porque sem isto não há fé que aguente. Tem de se ser cristão por convicção firme e por uma experiencia amorosa de Deus», alertou o prelado. «À pequena Jacinta sobressai o espírito de compaixão pelos que sofrem, e o desejo de se fazer como nosso Senhor, na sua compaixão pela humanidade». D. António Marto comparou a beata Jacinta ao «bom-pastor», pelo desejo de «cuidar de cada um de nós». O bispo de Leiria-Fátima enalteceu a «capacidade de sofrer com o outro e pelo outro pelo amor», algo necessário «neste mundo que vive uma cultura da indiferença». «Não são só palavras é preciso cultivar uma cultura da compaixão, pelos mais velhos e doentes». Nas palavras do prelado, a «Santidade simpática dos pequenos videntes é uma aprendizagem, porque as crianças também ensinam os adultos na sua simplicidade infantil». D. António Marto considera Francisco e Jacinta Marto «duas pequenas estrelas que brilham no céu de Portugal e do mundo, para iluminar nesta noite que o mundo atravessa, de dúvida e incerteza, no presente e no futuro». No final da celebração o bispo de Leiria-Fátima chamou os «amiguitos e amiguitas» ao altar para receber uma bênção muito especial, porque «estão no coração de Deus». A Igreja celebra a 20 de fevereiro a festa litúrgica dos beatos Francisco e Jacinta Marto, dois dos três pastorinhos videntes de Nossa Senhora, em 1917. A data coincide com a da morte da beata Jacinta Marto. A festa no santuário de Fátima prossegue esta tarde com a presença de cerca de600 crianças ana Basílica da Santíssima Trindade. A irmã Ângela Coelho, postuladora da Causa de Canonização dos beatos Francisco e Jacinta, fará uma catequese para as crianças às 14h30 à qual se segue a oração do terço e pelas 15h30 conclui-se o encontro com o cântico do Hino dos Pastorinhos. |